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Presidente da Fecomercio lamenta cheia: “Estamos à disposição do governo e da sociedade”

 Em entrevista concedida à imprensa na manhã desta terça-feira, 3, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomercio/AC), Leandro Domingos, lamentou a atual situação do Estado por conta da cheia do Rio Acre. Para o presidente, o diagnóstico do momento é lamentável e triste, principalmente pelas perdas e pela baixa autoestima dos atingidos.

Segundo Domingos, todas as instituições do Sistema Fecomercio, incluindo o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) estão à disposição do governo e da sociedade. “Eles [o Sesc e o Senac] já estão atuando fortemente nos últimos dias para prestar solidariedade e serviços no que for necessário. Temos em torno de 600 pessoas alojadas no Sesc Bosque, e estamos dando todo apoio com nossas atividades, treinamentos, levando lazer, cultura e educação a estas pessoas”, afirma, acrescentando que, em seu entendimento, o mais difícil da situação é o atingido estar sofrendo e não ter nenhuma atividade para desenvolver.

O presidente afirmou, ainda, que uma linha de produção em alta escala de lençóis e toalhas de banho já está em processo de montagem para doação aos desabrigados. Além disso, a Fecomercio já entrou em contato com o Departamento Nacional do Sesc e com o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) para pedir um apoio maior na concessão de bens, por meio do programa Mesa Brasil. “Onde colocamos produtos de consumos, alimentos, materiais de limpeza e higiene das grandes fornecedoras do Brasil para trazer ao Acre. Além disso, solicitamos recursos financeiros para podermos adquirir estes produtos em Rio Branco e prestar os primeiros atendimentos”.

Um contato já foi realizado com as Defesas Civil Municipal e Estadual para realizar a catalogação das empresas que foram atingidas para fazer um pleito junto ao governo do Estado pedindo a anistia do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos produtos pertencentes aos empresários. “Nós temos consciência plena que eles [os empresários] não terão condições de pagar estes tributos, e já terão dificuldade em recuperar o estoque. Muitas empresas ainda estavam pagando os empréstimos contraídos na última alagação de grandes proporções”, relembra.

Para o presidente, não há dúvidas que os setores comerciais têm de estar unidos neste momento, principalmente entidades privadas, organizadas. “E vamos entrar em contato com as instituições bancárias para que facilite o crédito, porque, numa hora destas, várias pessoas perderam toda a sua documentação. Se os bancos forem rigorosos na concessão destes créditos, estas pessoas não conseguirão se reerguer”, acredita, relembrando que a maioria dos atingidos são micro e pequenos empresários.

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