O Rio Tarauacá, na manhã desta segunda-feira, 30, amanheceu com 9,61 metros, 11 centímetros acima da cota de transbordo. Desde a primeira alagação, em novembro de 2014, essa é a 12ª vez que o Rio transborda.
Em entrevista para um site de notícias locais, Chagas Batista, prefeito do município, afirmou que nenhuma família está desabrigada, mas 70 estão no Aluguel Social, pois perderam suas casas nas enchentes anteriores.
“Ainda não temos famílias desabrigadas. As que temos estão no Aluguel Social, pois tiveram que ter suas casas destruídas por estarem em áreas de risco atingidas pelas outras cheias. Ainda não há preocupação para encaminhar famílias ao abrigo público montado pela prefeitura”, explicou Chagas.
De acordo com o prefeito, a cidade terá que ser praticamente reconstruída, devido às enchentes. Cada vez que o rio transborda, muitos problemas ocorrem na estrutura da cidade.
“Ruas e casas ficam danificadas. A cada enchente, precisamos fazer limpeza e isso gera ônus. É uma situação muito difícil. Os bairros mais atingidos terão que ser totalmente reconstruídos”, explicou o prefeito.
Enchentes anteriores
As águas atingiram os dois maiores bairros da cidade, durante as cheias do Rio Tarauacá. Os bairros são: Senador Pompeu e Bairro do Triângulo. De acordo com a prefeitura, 2 mil famílias foram afetadas.
Em novembro de 2014, a cidade enfrentou uma das maiores enchentes. O nível do Rio ultrapassou 12 metros e atingiu cerca de 70% do município. O Governo Federal reconheceu o decreto de emergência declarado pela prefeitura.
Na época, até os índios de aldeias localizadas no Rio Gregório, distantes 90 km de Tarauacá, foram atingidos pela enchente. Perderam plantações, casas, animais, alimentos e açudes com criações de peixes.
Em janeiro de 2015, o Rio voltou a subir, e foi registrada a segunda maior cheia. Em apenas um mês, o Rio subiu duas vezes.