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Servidores da Suframa suspendem paralisação

Após paralisação de três dias, os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) no Acre acataram a decisão de suspender o movimento até a próxima terça-feira, 31, data prevista para votação do relatório final da MP 660/2014 que inclui a equiparação salarial dos servidores do órgão aos quadros do funcionalismo federal. Segundo informou a assessoria do Senado Federal, o adiamento ocorreu devido a pedido de vista de deputados federais.

“Estivemos em Brasília para articular a aprovação da emenda que resolve o pleito que os servidores tem desde 2008 (reestruturação da carreira), por meio da MP 660, No entanto, a votação foi adiada”, afirma o presidente do Sindframa, Anderson Belchior.

No Acre, a Suframa conta com 23 funcionários, 100% da categoria aderiu ao movimento. O presidente acusa o governo federal de ter enganado a categoria ano passado. “Em 2014 o governo federal enganou os servidores após um grupo de trabalho que durou 230 dias e respondeu negativamente (mesmo sem qualquer base técnica) aos pleitos dos servidores”, diz o presidente.

Anderson Belchior confirma que a mobilização tem o objetivo de chamar atenção dos parlamentares da região da Amazônia Ocidental (Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima) para o estado de abandono que a Suframa está, especialmente quanto à perda de mão de obra qualificada pela baixa atratividade da remuneração.

Ele acrescenta que, do concurso de 2008, 40% dos servidores aprovados já deixaram a autarquia. “No concurso de 2014 (homologado em julho) perdemos 30%. Tendo alguns cargos sem a possibilidade de reposição (economistas, analistas de sistemas, engenheiros e outros cargos). O que em médio prazo impactará negativamente na qualidade dos serviços prestados”, finaliza o sindicalista.

Movimento não causou impactos negativos

Para o presidente do Sindframa, a paralisação de três dias nos processos de vistoria e análise de projetos não geram impactos financeiros para indústria, comércio e serviços. “Já estão abastecidos, quer seja de mercadorias para datas comemorativas próximas como a Semana Santa e Páscoa”, diz Anderson Belchior.

A Gazeta do Acre: