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Sipam diz que rios Madeira e Acre devem baixar nos próximos dias

O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de Porto Velho anunciou, na quinta, 19, que as chuvas nas bacias dos rios Madeira e Acre devem diminuir consideravelmente. Segundo o órgão, a tendência é que o rio Madeira apresente queda no nível, enquanto o rio Acre permanecerá elevado, com tendência de queda posteriormente. Na manhã de quinta, o Rio Madeira baixou 10 centímetros, alcançando nível de 16,82 metros. Desde o último sábado (14), quando o rio chegou ao pico máximo deste ano (17,04 metros), a cota tem reduzido gradativamente.

A previsão do Sipam é para o período de 16 a 22 de março. A previsão é de que a chuva permaneça entre o normal e o abaixo do normal para este período. Os meteorologistas levaram em consideração o quadro de precipitação acumulada nos últimos sete dias, e a previsão de acumulado de chuva para esta semana, em Rondônia.

Segundo Ana Strava, coordenadora operacional do Sipam, o rio Guaporé deve subri suavemente, enquanto os rios localizados em Guajará-Mirim e em Porto Velho estão estabilizados. De acordo com o boletim da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) desta semana, o rio Madeira estava em 16,94 metros, estando estabilizado na cota próximo aos 17 metros.

“Desde o dia 07 de março o rio está estabilizado na cota próximo aos 17 metros, o que deve permanecer, com tendência a baixar, considerando que a bacia deve receber chuvas abaixo da média nos próximos dias, com exceção do Guaporé, que ainda tem previsão de chuvas dentro da média”, diz Strava.

A previsão para o Rio Acre é que o mesmo volte ao seu nível normal. Alguns rios da região do estado vizinho podem elevar o nível porque são esperadas mais chuvas para a bacia Oeste acriana. O Sipam diz que a leitura dos modelos climatológicos é feita para o acumulado da semana, precipitações estas que podem ser bem divididas ao longo dos dias, ou cairem de forma concentrada. Por isso, há necessidade de monitoramento diário para confirmação das previsões.

Cheia histórica
A marca histórica do rio Madeira, até o momento, é de 19,74 metros, registrada em 2014. A cheia do ano passado atingiu principalmente os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim. Cerca de 97 mil pessoas foram afetadas pela enchente, sendo que 35 mil ficaram desabrigadas ou desalojadas.

Os custos para a recuperação total dos locais afetados foram estimados em R$ 4,2 bilhões, e o tempo necessário foi calculado em 10 anos.

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