Item da cesta básica da construção civil, o tijolo sofreu reajuste no valor e pegou desprevenido quem está construindo. O valor do milheiro passou de R$ 550,00 para R$ 600,00 em algumas fábricas em Rio Branco. A justificativa para a alteração do preço é a dificuldade de adquirir uma das matérias primas necessárias para a fabricação dos tijolos. Além do aumento dos custos de energia elétrica, lenha e mão de obra.
O técnico em Enfermagem, Maurício Costa, confessa que teve um alívio ao saber que comprou um milheiro de tijolos por um valor abaixo de R$ 600. Mesmo assim, ele diz que achou o produto caro.
“Tudo ficou muito caro. Mesmo numa pequena construção, como a que estou fazendo, se gasta muito com material e mão de obra”, desabafou Costa.
Mesmo durante o período das chuvas, a construção não parou. Mas é no chamado ‘verão amazônico’, período de mais ou menos quatro meses que compreende os meses de junho a setembro, é que as obras são intensificadas.
IBGE confirma que o Acre é o segundo Estado com m2 mais caro
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira, 8, em parceria com a Caixa Econômica Federal, referente ao mês de março deste ano, aponta que o Acre é o segundo Estado do país onde construir é mais caro. De acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), o preço médio do metro quadrado (m2) pago pelos acreanos custa R$ 1.021,02, o segundo maior do Brasil e o maior da região Norte.
O levantamento mostrou ainda que custo da construção civil no Acre sofreu um acréscimo de 0,41% em relação ao mês de fevereiro, quando o preço do metro quadrado saía por R$ 1.016,88. Em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, em 12 meses, o aumento foi de 6.06%. No ranking, o Estado ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, onde o custo do metro quadrado é de R$ 1.047,04.
Em dados gerais, houve uma variação positiva de 0,23% na construção civil no Brasil, valor acima da taxa de 0,18% registrada em fevereiro. O custo nacional do metro quadrado passou de R$ 916,85 em fevereiro, para R$ 918,95 em março.