Os deputados estaduais Ghelen Diniz (PP) e Jonas Lima (PT), trocaram acusações durante os debates na sessão de quarta-feira, 15, na sessão ordinária da Assembleia Legislativa (Aleac). O motivo teria sido a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, detido na segunda etapa da operação Lava Jato.
O deputado da oposição Ghelen Diniz destacou que “o povo brasileiro não aguenta mais tanta corrupção”. Ele conclamou ainda a nação para ir às ruas protestarem.
“As pessoas não aguentam mais tanta corrupção neste país, querem mudanças. Nossos representantes só pensam em poder, esqueceram do povo. Qual será o próximo escândalo? Não é a TV que tem defeito ao denunciar atos de corrupção diariamente, quem está com defeito é a administração do país”.
O oposicionista cobrou ética do partido da presidente Dilma Rousseff. “Cadê a ética, a moralidade que o PT pregava? Que país é este? Eu esperava muito do PT, eu mesmo já votei no Lula, que decepção. Infelizmente a corrupção tomou conta de cima a baixo”, disse.
Contrariado com o pronunciamento de Ghelen Diniz, o deputado petista Jonas Lima acusou os deputados do PP de propinas para votar projetos na Aleac.
“Este PP não tem boas referências no Estado. Vários deputados do PP recebiam sacolinhas de dinheiro para votar projetos. O Partido dos Trabalhadores é diferente, é um partido que deixa seus membros serem investigados”, dispara Lima.
Jonas frisou que pertencer ao Partido Progressista é uma vergonha. “Na Lava Jato tem três senadores do PP e vários deputados federais acusados de receber dinheiro do esquema. Questione quem está na Lava Jato. Eles são do seu partido. Eu faço um desafio: peça para os deputados de seu partido que estão na Lava Jato renunciarem”.
O deputado do PP, em resposta a Jonas Lima disse que “independente do partido, quem comete crime tem que ser preso. A culpa da corrupção é sempre dos governos anteriores, apesar do PT ocupar poder há 13 anos. O senhor governador Tião Viana recebeu R$ 300 mil do esquema da Petrobras, vossa excelência esqueceu de pedir para o seu governador renunciar”.