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“Entendo que fazer política com ‘P’ maiúsculo é colocar o Acre e as pessoas em primeiro lugar”, disse Alan Rick

Comemorando 70 dias como deputado federal, o jornalista Alan Rick faz uma avaliação de  seu primeiro mandato. Em entrevista ao jornal A GAZETA, o deputado voltou a agradecer a expressiva votação e disse que irá se empenhar para trazer recursos que possam ser transformados em obras para beneficiar a população.

“Tenho uma enorme gratidão por aqueles que confiaram a mim o voto. Não vou decepcioná-los. E farei tudo para que a gente possa manter um diálogo aberto e com a finalidade sempre de contribuir com o desenvolvimento do nosso Estado”, disse.

Ele afirmou, ainda, que irá fazer de seu mandato um instrumento de apoio e auxílio aos municípios do Estado. “Entendo que temos que fazer política com ‘P’ maiúsculo e para isso precisamos colocar o Acre e as pessoas em primeiro lugar”, disse.

De acordo com o novo deputado, seu mandato é pautado principalmente em projetos de interesse do Acre, das diversas prefeituras e do governo.

O parlamentar destacou sobre a aprovação parcial do projeto que versa sobre a atividade de terceirização. De acordo com ele, os pontos mais polêmicos sobre a matéria serão abordados na próxima terça-feira.

Alan comenta ainda sobre a Frente Parlamentar em defesa da Vida e da Família e Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia, da qual faz parte. Confira a entrevista.

A GAZETA – Você votou a favor do projeto de lei que trata sobre a Terceirização. Esse projeto não acaba sendo maléfico para os trabalhadores?
Alan Rick – A maneira como estão colocando esta votação da Terceirização está eivada de ideologia sindical e meias verdades. Eu votei pela regulamentação de uma atividade que já existe. Não criamos a Terceirização. O que está faltando é dizer para a sociedade que votamos por um texto base e que os pontos considerados polêmicos serão votados na terça-feira, dia 14. Votaremos, por exemplo, a definição da atividade meio e a atividade fim, as regras de contratação, horários de trabalho, a definição do sindicato a quem vão pertencer os contratados, além de outros aspectos. Esteja certo, votarei a favor dos trabalhadores. Da manutenção e ampliação de seus direitos. Votar contra a regulamentação é deixar na precariedade quem já é contratado, pois estes trabalhadores precisam de ajuda.

A GAZETA – Então, na próxima terça-feira você se posicionará novamente a favor da PL?
Alan Rick – Eu defendo que as empresas contratantes possam contratar serviços apenas para as atividades meio, nunca para a atividade fim. Eu acredito que esta atividade deva ser regulamentada, porém, não para atividade fim. Na próxima terça-feira, quando for iniciado o debate a respeito do assunto, estarei me posicionando dessa forma. Não podemos abrir um precedente para que a situação dos trabalhadores seja precarizada. Sou a favor da Terceirização para que mais empregos sejam gerados. As pessoas que dizem acreditam que se deve acabar com a terceirização, não sabem o que estão dizendo. Milhares de pais ficarão sem emprego. Temos que analisar a situação dos terceirizado, da empresa e dos sindicatos.

A GAZETA – Existe a possibilidade do emprego de contratação primária acabar, caso seja realmente aprovado esse projeto?
Alan Rick – Não, de forma alguma. O emprego de contratação primária não vai acabar. Os concursos públicos não vão acabar. Tudo isso é terrorismo que alguns sindicatos fazem para pressionar os deputados e enganar o povo. Se não votássemos o texto base, a terceirização continuaria do mesmo jeito, com a agravante de termos fechado os olhos para o problema. Sei que muita gente não entende e acredita nas mentiras que a mídia sindicalista divulga. Por isso, peço sua avaliação e tranquilidade sobre minha posição.

A GAZETA – Hoje, você integra a equipe da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia. Fale um pouco sobre isso.
Alan Rick – Sou o 3º vice-presidente da Comissão que tem como prerrogativa trabalhar pela redução das desigualdades regionais em nosso país. Historicamente, os estados da Amazônia têm sido prejudicados no debate do desenvolvimento econômico em nosso país. Estar na vice-presidência desta importante Comissão é poder contribuir decisivamente com a melhoria da qualidade de vida do povo da Amazônia. Ela nos dar a oportunidade de para a Amazônia e Acre. Por exemplo, através de um ofício encaminhado pelo meu gabinete, estaremos nos próximos dias debatendo sobre fontes de financiamento para Amazônia. Existem milhões de recursos de fundos internacionais para serem investidos na região. Precisamos buscar meios de investimentos para preservação da Amazônia.

A GAZETA – Qual trabalho você pretende desenvolver a como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família?
Alan Rick – Na campanha, a defesa da família sempre foi uma das minhas principais bandeiras de luta, tanto que esta foi minha primeira demanda na Câmara. A Frente foi criada para atuar de forma propositiva e com a finalidade de formular e implementar políticas públicas para a proteção dos valores e princípios da família. Tenho convicção de que terá pela frente grandes embates contra aqueles que defendem a vulgarização da família. Mas, estou certo que vamos vencer essa batalha porque é isso que quer o povo cristão do Acre e do País.

A GAZETA – Atualmente, quais projetos a Frente buscar evitar aprovação no parlamento federal?
Alan Rick – Já iniciamos alguns debates em torno de projetos que consideramos inadequados. Por exemplo, a PL que versa sobre permitir a prática do aborto no país. Há quem diga que o tema se trata de uma questão de saúde pública. Não vemos assim. Como podemos aceitar que um ser humano mate outro que não tem como se defender? Outro projeto polêmico é o trata sobre a mudança de sexo. Caso aprovado, uma criança de 12 anos poderá decidir, independente da autorização dos pais, mudar o sexo. E o que mais tem incomodado a sociedade e que foi colocado em pauta sem sequer ouvir a opinião dos pais, diz respeito a PL que permite o uso do banheiro, em locais públicos, de conformidade com o gênero que a pessoa sente que tem. Você já imaginou o que isso pode acarretar na sociedade. Podem existir pessoas que se aproveitarão dessa situação para fazer o mal, não tenha dúvida nenhuma disso. Em razão desses tipos de projetos é que a Frente Parlamentar foi criada na Câmara Federal.

A GAZETA – Recentemente, você e o deputado major Rocha andaram se estranhando nas redes sociais. O que realmente aconteceu?
Alan Rick – Sempre tive uma excelente relação com o deputado Rocha e considero a presença dele na Câmara de extrema relevância, uma vez que ele é o único deputado cujo partido realmente está na oposição, tanto em nível estadual quanto nacional. Isso é fundamental para a democracia. Ele fez uma postagem em sua página no facebook sobre uma votação de pedido de retirada de pauta. O corpo da matéria estava de conformidade com o que realmente havia acontecido no dia, porém, o título não condizia. Ele colocou: contra aposentados e pensionistas. Na ocasião, não estávamos votando assim, o que fizemos foi votar pela retirada de pauta uma matéria que versava sobre a política de valorização de salário mínimo, onde incluía os aposentados e pensionistas. Procurei o Rocha e expliquei que o título não condizia com o corrido, ele disse que iria modificar e não o fez e como ele me citou, me defendi. Ele fez um contra ponto e gerou uma discussão desnecessária. Repito: foi uma situação pontual.

A GAZETA – Logo após esse episódio você foi acusado de contratar uma banca de advogados para perseguir quem falasse a seu respeito. Isso procede?
Alan Rick – Então, surgiu um post nas mídias sociais de um rapaz onde ele apresentou uma nota de serviço da minha assessoria jurídica. E um dos itens, consta fazer a minha defesa em situações de crimes contra a honra. Desvirtuaram isso aí. Todo cidadão tem o direito de se defender quando sua honra é ferida. Jamais, atentaria contra alguém devido sua opinião ou tentaria impedir alguém de omiti-la. Agora, uma coisa é a pessoa comentar que não se agrada do deputado Alan Rick outra coisa é me chamar de ladrão. Isso é crime. A consultoria jurídica defende o deputado nessas situações. Não tem nenhuma coisa ilegal nisso, o problema foi que desvirtuaram e saíram dizendo que eu estava processando quem tecesse alguma opinião ao meu respeito. Isso não é verdade. Outra coisa, não estou perseguindo jornalistas para não fazerem críticas mim. Isso não procede. Essa postagem foi feita de maneira astuta e proposital. Agiram de má-fé para me denegrir nas redes sociais.

A GAZETA – Qual avaliação você faz desses primeiros meses como deputado federal?
Alan Rick – Quem está de fora pensa que deputado tem a vida mansa e não trabalha. Eu tenho que pedir perdão a todos os deputados federais, porque hoje como deputado vejo que o serviço é intenso. Eu chego a Câmara às 8h da manhã e, normalmente, só saio a partir das 23h30. Claro que o ritmo de trabalho do Eduardo Cunha é visceral, ele é uma máquina de trabalho. A Câmara tem trabalhado demais e assim, creio eu, respondido os anseios da sociedade. Um bom parlamentar é aquele que não apenas apresenta projetos, mas também, aquele participa dos debates. Nesses poucos mais de 60 dias que as atividades foram iniciadas, tive 100% de presença no plenário, 12 audiências externas, 11 discursos em plenário, 12 requerimentos. Faço parte de quatro comissões no qual considero de extrema importância. Enfim, o mandato completo é esse, onde o parlamentar atua nas mais diversas áreas.

A GAZETA – Você apresentou um PL que obriga as escolas públicas de todo o país oferecer a modalidade de educação em tempo integral. Fale a respeito do projeto.
Alan Rick – O objetivo do Projeto de Lei nº 707/2015 é ampliar as oportunidades educacionais dos alunos, visando à formação de novas habilidades e conhecimentos, pela expansão do período de permanência diária nas atividades promovidas pela escola. É a educação que une o passado e o futuro dos indivíduos, por isso reformas, revisões, aperfeiçoamentos no sistema educacional exige um processo continuo de revisão, ajustes e adaptações, a fim de atender as novas exigências para com a educação, que aparecem nas cenas políticas, sociais e econômicas. As mudanças tecnológicas estão transformando a sociedade brasileira e devido esse novo contexto é papel do Estado melhorar a eficiência do sistema educacional. Logo, a busca por políticas educacionais acertadas são mais que necessárias.

A GAZETA – Depois das eleições foi alvo de algumas denúncias, inclusive por parte de alguns aliados. Você se sentiu perseguido?
A. R. – Deus está no controle de todas as coisas. Sinto-me uma pessoa muito abençoada e como Deus é que está no controle da minha vida, nenhuma denúncia prosperou. Todas mentirosas. A minha alegria é que toda verdade prevalece e foi isso exatamente isso que aconteceu. Sou muito grato a Deus por nunca ter me abandonado.

A GAZETA – Passado esses setenta dias atuando como deputado federal, você mudou seu conceito sobre a política?
A. R. – Sim. Essa é uma área árdua de se trabalhar. Existem momentos em que você é atingido por todos os lados e não sabem nem qual é o motivo. Porém, Deus me colocou neste projeto para que eu faça a diferença para o povo deste Estado. E assim o farei, ainda que se levantem contra mim. Deus é sempre meu maior advogado.

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