X

Senador Jorge Viana volta a questionar posicionamento do PT diante da crise nacional

 O vice-presidente do Senado da República, Jorge Viana (PT), voltou a comentar, durante entrevista coletiva realizada na segunda-feira, 06, sobre os escândalos de corrupção no país e a crise política que os governos petistas veem enfrentando nos últimos meses.

O senador avalia que as administrações petistas estão apresentando diversas falhas e, segundo ele, precisam ser sanadas o mais rápido possível. Ele destaca que a sigla deve assumir o erro e adotar uma nova postura, a fim de se revigorar politicamente.

“É preciso que reconheçamos que tem erros graves no governo e no próprio partido. Não tem nenhum grande veículo de comunicação simpático ao PT. É preciso sempre se perguntar se a gente está carregando o atraso, ou é o atraso quem está carregando a gente”.

Quanto ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador ressaltou que a administração erra ao não manter um diálogo com os parlamentares da Câmara e Senado e por não possuir uma boa relação com os veículos de comunicação e partidos da base de sustentação.

“Há falhas na comunicação. Precisamos afinar o discurso. A gente não apenas precisa descer do salto alto, mas também, é preciso andar um pouco descalço para sentir a nova realidade. Isso são coisas que poderiam ser modificadas até com forma de se relacionar.”, diz.

O petista enfatiza a necessidade de uma reforma política, excluindo o financiamento de campanha através de empresas. Ele frisa ainda que a necessidade da FPA retome o debate e estabeleça uma linha de diálogo com eleitor.

“Temos que reconquistar o que já tivemos. Temos que ter pelo menos mais 20% dos votos para termos 70%. Nós não estamos com esta bola toda. As eleições têm sido muito difíceis para nós. O PT pode se reposicionar”.

Jorge falou ainda sobre a reunião com ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva, e dirigentes do PT para discutir o atual momento da sigla. Entre os assuntos debatidos, estavam as eleições municipais em 2016. Para os dois líderes políticos, o momento é de analisar os erros e buscar solucioná-los.

“É um equivoco falar em 2016 agora. Se chegar em 2016, nós convidarmos o Marcus, ele será o protagonista. Quem falar agora é para queimar o nome e não ser ouvido. Quem faz este debate está trabalhando contra nosso projeto. Se eu pudesse decretava o fim de 2014, e o inicio de 2015, que teima em não começar. O Tião e o Marcus é quem devem conduzir o processo. Todos nós do PT temos que cortar o salto e sempre que puder andar descalço”, ressalta Jorge Viana.

Por fim, o parlamentar falou sobre as diferenças entre seu governo, de Binho Marques e do atual governador Tião Viana. “Tião tem um jeito bem diferente do meu, isso não é ruim. Ninguém trabalha mais do que ele, agora, são estilos diferentes. É necessário ficar mais exposto. O PT tem que conversar mais. Esta é uma parte que não pode faltar, principalmente num momento como este”.

 

A Gazeta do Acre: