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Acadêmico da Ufac denuncia fraude nas eleições do DCE e agressão

 A eleição do Diretório Central dos Estudantes (DCE) foi marcada por tumulto. A votação aconteceu na noite de terça-feira, 26, no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac). Após a confirmação de irregularidades em três urnas a eleição foi anulada.

Segundo o acadêmico de economia Carlos Gomes, as irregularidades tiveram início no ainda no começo do processo eleitoral. “Várias irregularidades conduziram o processo, que foi desde o Coesu Congresso dos Estudantes Universitários], até a composição da comissão eleitoral e do edital. Entramos com um mandato de segurança e depois com outro processo”, explicou.

O acadêmico destaca que paralelo a essa situação, no dia da eleição, alunos de vários cursos se reuniram e montaram uma comissão para fiscalizar o processo eleitoral. “Constatamos diversas irregularidades, mesários que não são estudantes da nossa universidade, alunos do ensino médio e fundamental, estavam na universidade como mesários. Inclusive alunos de faculdades privadas, com adesivos que beneficiavam uma chapa específica”, disse.

Diante dessas irregularidades três urnas foram anuladas. Além disso, a eleição não teve “quórum”, ou seja, quantidade mínima obrigatória de membros presentes para que a eleição tenha validade.

Carlos Gomes contou que foi agredido verbalmente por um vigilante de uma empresa terceirizada que presta serviços para a instituição. “Ele abordou a mim e mais dois outros alunos, de forma truculenta, ameaçando dar choque e derrubar no chão. Me agrediu com palavras de baixo calão, usou de forma pejorativa da sexualidade para depreciar nossas pessoas”, relatou.

Ainda segundo o acadêmico, o segurança recusou a se identificar. Os alunos registaram a ocorrência junto a Polícia Federal. “Com base no boletim de ocorrência registrado, nós vamos entrar com um processo administrativo na prefeitura do campus”, finalizou.

De acordo com a atual presidente do DCE, Michelle Silva, o principal motivo para anulação da eleição foi o “quórum”.

“O estatuto estabelece 25% de quórum para uma eleição ser validada e não foi atingido. Além disso, constatou-se irregularidade em três urnas. Essas urnas foram violadas, tinham mais votos do que a quantidade de assinatura”, esclareceu a presidente.

Por fim, Michelle acrescentou que o DCE repudia qualquer tipo de fraude. “Repudiamos qualquer fraude no processo. O movimento estudantil é coisa séria e deve ser tratada como tal”, finalizou.

Por meio de assessoria, a reitoria da Ufac informou que não participa do processo eleitoral, e que só se envolverá nos assuntos do movimento estudantil caso haja necessidade.

 

 

A Gazeta do Acre: