Os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) iniciaram uma greve na sexta-feira, 29. No Brasil, mais de 40 universidades federais já aderiram à greve. Com a paralisação, no Estado, mais de 5 mil estudantes ficarão sem aula por tempo indeterminado.
Os profissionais reivindicam a estruturação da carreira docente com valorização salarial, valorização salarial dos ativos e aposentados, melhoria das condições de trabalho no interior das universidades, defesa da autonomia da instituição, entre outras assuntos.
Para o acadêmico de Educação Física, Ademir Júnior, de 19 anos, a greve vai atrasar a conclusão do curso. “No caso, meu curso terminaria em quatro anos. Agora vou concluir em quatro anos e meio ou cinco anos”, disse.
O aluno defende e apoia a categoria dos professores, para ele é uma forma de valorizar o trabalho desses profissionais. “Eles tem que lutar pelos direitos deles, como qualquer outra classe, como um médico luta pela sua classe, ou um advogado. É preciso lutar por melhores condições de trabalho”, explicou.
Ademir Júnior espera melhorias na instituição após a greve. “Minha expectativa é que haja uma melhoria no plano de carreira dos professores, até questões de planejamento, dentro da universidade. Nós sabemos que muitos cursos na Ufac têm problemas com carga horária, por exemplo. Esperamos com essa greve melhorias tanto na parte administrativa, como na parte dos professores”, finalizou.
Acadêmico de jornalismo há 7 anos, André Guerra, de 24 anos, diz que a greve é por uma causa justa, porém, ainda vê poucos benefícios para os professores. “Ano a ano as greves se repetem e vemos poucos ganhos para os professores. Infelizmente a tal ‘pátria educadora’ não dá prioridade para a educação”, afirmou.
Guerra torce para que a greve seja breve e que os prejuízos sejam pequenos. “A Ufac já está com o calendário acadêmico prejudicado, os alunos acabam perdendo o ritmo, e quem está prestes a formar, como eu, tem que aguardar, sem previsão de datas”, destacou.