Acusado de falsificar informações para obter o ‘green card’ para morar nos Estado Unidos, o acreano e ex-líder da Telexfree, Sanderley Rodrigues Vasconcelos, foi preso em Nova Jersey, pelo Departamento de Segurança Interna. No Brasil, ele estava foragido por comandar outro esquema de pirâmide financeira, a Ifreex, investigada pela Polícia Federal no Espírito Santo.
Sanderley Rodrigues de Vasconcelos é natural de Rio Branco e também é conhecido como Sann ou San Rodrigues. Sua prisão foi decretada no dia 7 de maio, logo após sua saída dos EUA rumo a Israel. Ele foi capturado no dia 18 de maio, e ainda não se sabe se o suspeito foi detido depois de retornar de Jerusalém.
Segundo informações do Jornal Gazeta do Povo (Paraná), há suspeita de que a prisão teria sido realizada a partir de pedido da Polícia Federal brasileira, para impedir que o ex-líder da Telexfree continue a conduzir esquemas de pirâmide.
Fuga
Durante visita do empresário ao Brasil para divulgar os trabalhos da Ifreex, no início deste ano, a Justiça Federal do Espírito Santo proibiu Sanderley de sair do território brasileiro. A decisão com data de 5 de fevereiro foi descumprida pelo especialista em marketing multinível. Ele conseguiu embarcar para os EUA, de forma ainda não revelada, no dia 20 do mesmo mês.
As investigações da PF correm em segredo de Justiça, porém, a determinação do juiz da 1ª Vara Criminal Federal de Vitória pode ser encontrada no Diário Oficial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
A proibição ocorreu após um evento da Ifreex, organizado pelo Sann, na cidade de Paulínia, em São Paulo, ter sido invadido pela polícia local.
Esquema ilegal
Autoridades americanas congelaram milhões de dólares em bens e entraram com uma ação contra a Telexfree nos EUA em 2014 acusando o grupo de promover “esquema ilegal de pirâmide” financeira. Segundo a SEC (Comissão de valores mobiliários dos EUA), autora da ação na Corte Distrital de Massachusetts, a Telexfree opera por meio de “oferta fraudulenta e não registrada de títulos”, que tem como principais alvos brasileiros e dominicanos que vivem nos EUA. (Com informações do Jornal Gazeta do Povo)