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Caminhoneiros quase derrubam portão da Suframa exigindo 30% de funcionamento

 Um dia após A GAZETA noticiar os prejuízos que os caminhoneiros estavam tendo com a greve da Suframa em Rio Branco, os trabalhadores decidiram fazer um protesto. Os caminhoneiros causaram um alvoroço na frente do órgão na manhã de ontem, 29. Eles queriam que os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus atendessem os 30% que são obrigados por lei a manter dos serviços enquanto estão de greve.

O ato dos caminhoneiros acabou ficando mais exaltado quando os servidores do órgão priorizaram o atendimento a um idoso e a veículos de câmara fria, com produtos que estragam mais rápido. O pessoal da Suframa fez seis atendimentos na sexta-feira e encerrou suas atividades. Por isso, os caminhoneiros ficaram irritados. Muitos deles viraram a madrugada esperando para serem atendidos de manhã cedo, mas não tiveram êxito.

No protesto, eles teriam danificado o portão da frente da sede da Suframa em Rio Branco, localizada na ‘Corrente’, para tentar entrar no órgão. A versão dos caminhoneiros é que o portão já estaria ‘trincado’ quando ‘encostaram’ nele. Para controlar a situação, policiais militares e federais interviram para fazer os trabalhadores recuarem.

O vice-presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Renato Santos, disse que a cota diária dos servidores é de seis atendimentos. Ele se compadeceu com a situação dos caminhoneiros e frisou que a questão é governamental e que a Suframa de Rio Branco já deveria ter estruturas melhores. Os caminhoneiros alegaram que tal cota é referente a atendimentos do ano passado, e que os servidores deveriam levar em conta a atual situação. Ou seja, eles querem que somem todas as notas dos que estão parados agora e atendam 30% deles.

Também relataram que estão gastando em torno de R$ 70,00 por dia enquanto estão parados em Rio Branco, só para se manter. As empresas não arcam com este prejuízo. Sai do bolso deles. Fora isso, eles também gastam com combustível e com a bateria dos veículos, que tem que ficar ligada para conservar as cargas. A maioria dos caminhoneiros já está na cidade há dias e eles contabilizam que vão perder até mais de R$ 5 mil por causa da greve na Suframa.

 

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