Falta um dia para o final da campanha de vacinação contra gripe e o Acre imunizou apenas 36.037 pessoas de um público estimado em 170 mil. Os números equivalem a cerca de 21% do total. A campanha teve início no último dia 4 e termina nesta sexta-feira, 22. No total, foram 20 dias de campanha. Os dados são do Programa de Imunização do Estado.
O público-alvo da campanha de vacinação contra gripe é composto por crianças, idosos, gestantes, presidiários, indígenas, doentes crônicos (diabéticos, por exemplo), e profissionais da Saúde.
Segundo a gerente de Imunização e Rede de Frio, Maria Auxiliadora Leopoldo, o Acre solicitou ao Ministério da Saúde mais 20 dias de prorrogação. “Estamos aguardando a resposta e pronunciamento do ministro. Nossa meta é vacinar 80% do nosso público-alvo”, disse.
Auxiliadora destacou que há muita rejeição por parte dos familiares. “Alguns pais não querem levar os filhos aos postos de vacinação, outras pessoas alegam estarem gripadas e não poderem tomar a vacina, entre outros motivos”, ressaltou.
A gerente esclareceu algumas informações que foram espalhadas, de que agentes de Saúde estariam indo até as residências realizar a vacinação. “Essa é uma busca ativa já no final da campanha, mas, o público são alguns idosos, pessoas acamadas e com dificuldades de ir até o posto. Nós não temos equipes suficientes para ir de casa em casa. Pedimos a colaboração e compreensão de todos, para que possam se dirigir à unidade de saúde mais próxima”, explicou.
Na Unidade de Referência de Atenção Primária em Saúde (URAP) Francisco Roney Meireles, os dados do Programa de Imunização são refletidos na sala de vacinação, vazia e sem filas.
De acordo com a coordenadora substituta Tatiane Fernandes, a unidade de Saúde tem sido mais procurada nessa última semana de vacinação. “A unidade é responsável pela imunização de aproximadamente 3 mil pessoas. Todo ano atingimos entre 70% e 85% do público-alvo”, ressaltou.
Para Fernandes, é fundamental tomar a vacina, pois a prevenção é sempre o melhor caminho. “Hoje em dia, as pessoas preferem buscar o medicamento para tratar a doença, do que se prevenir com a vacina. Aqui mesmo na unidade, as mães vêm buscar o xarope, mas não trazem as crianças para vacinar”, revelou.
Mãe e dona de casa, Cláudia Gondim conta que tem dois filhos, uma menina de 4 anos e um menino de 2 anos, e que eles não têm medo da vacina. Para ela, a vacinação é indispensável. “Todos os anos eu levo meus filhos para tomar a vacina. É eficaz e importante”, contou.