O Acre ocupa a 17ª posição no ranking de vítimas de acidentes de motocicletas. A taxa de mortalidade é de 6,2 para cada 100 mil habitantes, no Brasil, o índice é de 6,3. Nos últimos seis anos, acidentes com motos foram responsáveis pelo crescimento de 115% das internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS).
Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2013, 12.040 óbitos foram registrados por acidentes com motos. Destes, 43 mortes foram no Acre.
Segundo a diretora administrativa e financeira do Detran AC, Alana Albuquerque, a autarquia vem realizando diversas ações preventivas e de educação de trânsito desde 2011. Ela destaca que a campanha Maio Amarelo tem como um dos principais temas abordados o índice de acidentes com motociclistas envolvidos.
“Estamos realizando campanhas voltadas para a conscientização desses condutores, para que eles dirijam com atenção, cuidado e responsabilidade, visando, principalmente, a proteção à vida”, explicou.
De acordo com a diretora, as ações de políticas públicas e ações preventivas têm dado certo. “No período de 2011 a 2014, nós tivemos um total de 1.740 operações. Abordamos cerca de 175 mil veículos, foram realizados aproximadamente 120 mil testes de bafômetros, e tudo isso contribuiu para o alcance desses resultados e redução de acidentes”, ressaltou.
Albuquerque acrescentou que o Acre ocupa o 2º lugar no ranking de estados menos violentos no trânsito para adolescentes. “Isso demonstra e reforça nosso compromisso com a redução de acidentalidade. E principalmente, o comprometimento com a proteção a vida. Além disso, vale frisar que o Detran conta com uma frota de 228 mil veículos, sendo que, pouco mais da metade, corresponde a motociclistas, pois eles representam a maioria dos veículos que circulam no Estado”, finalizou.
O estudante Rodrigo Bezerra, de 26 anos, sofreu um acidente de moto em 2013. Seu primo estava conduzindo o veículo. Os dois sofreram apenas algumas escoriações e danos materiais. “Estávamos indo na via normal, em média 40 km/h, quando, de repente, uma caminhonete entrou na frente e não deu tempo de desviar, para evitar a colisão”, disse.
Para o estudante, além das campanhas educativas de trânsito, as medidas devem partir principalmente dos condutores. “Evitar falar ao celular quando estiver dirigindo, ser mais atencioso no trânsito, respeitar os limites de velocidade, seria um bom começo para evitar acidentes”, afirmou.
Bezerra contou que teve medo de morrer, e que depois do acidente diminuiu bastante as saídas de motocicleta. “Acho que quem passa por isso, sabe que pode ser um acidente grave e até fatal. Agora, raramente saio de moto”, finalizou.