Idosos com 60 anos ou mais são os que mais demonstram interesse em tomar a vacina contra gripe. A campanha de vacinação começou na segunda-feira, 4, e no próximo sábado, 9, será o dia D, data em que todos os postos e centros de Saúde estarão abertos para receber os interessados em receber a dose da vacina.
Fazem parte do grupo prioritário para receber as doses: crianças de 6 meses a menores de 5 anos; gestantes; doentes crônicos; trabalhadores da Saúde; povos indígenas; mulheres com até 45 dias após o parto; presos e funcionários do sistema prisional. No Acre, a meta é imunizar pelo menos 194.611 pessoas. A campanha se estende até o dia 22 de maio.
De acordo com a enfermeira da Equipe Técnica do Programa Nacional de Imunização (PNI), Núbia Moreira, a campanha de vacinação contra a gripe é bem aceita pela sociedade. No entanto, é justamente entre os grupos mais suscetíveis à influenza que estão os índices mais baixos de imunização.
“A meta de vacinação para os grupos em que as vacinas são destinadas é de 80%, e cada grupo possui também essa meta. Crianças e gestantes são os grupos em que menos se alcança o objetivo. Existe principalmente muita resistência das gestantes”, ressaltou a enfermeira.
Núbia ressalta que, para as grávidas, a vacinação protege tanto a gestante de ter uma complicação pela influenza, como protege a criança, que desde o nascimento não fica predisposta a ter uma gripe que pode levar à internação e até mesmo ao óbito.
A dose protege contra os subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e B. As vacinas estão disponíveis em todas as unidades de Saúde dos municípios.
Núbia Moreira afirma que aproximadamente mil pessoas estão envolvidas na campanha para levar o medicamento não só para as cidades, mas também aos locais de difícil acesso, incluindo aldeias indígenas. Segundo a enfermeira, desde a semana passada profissionais de Saúde estão se deslocando.
Para receber a dose é necessário levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina.
Segundo o Ministério da Saúde, alguns sintomas podem se manifestar após a aplicação da vacina, como dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. Entretanto, destaca que os sintomas são raros, considerados benignos e os efeitos costumam passar em 48 horas. De acordo com o órgão, a vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.