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Feira Mundial Art reúne produtos de vários países e estados brasileiros

A coordenadora do evento, Lemacia Muniz, afirmou que a expectativa é de que, até o domingo, aproximadamente 15 mil visitantes passem pela feira. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)
A coordenadora do evento, Lemacia Muniz, afirmou que a expectativa é de que, até o domingo, aproximadamente 15 mil visitantes passem pela feira. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)

Pela 2ª vez em Rio Branco, a Mundial Art – Feira Internacional de Artesanato, Moda e Decoração – teve início na última sexta-feira, 15, e vai até o próximo domingo, 24, na Maison Borges.

Os stands oferecem produtos terapêuticos, utensílios domésticos, artigos de decoração, artesanato, confecções, joias, além de uma vasta variedade gastronômica.

Os produtos oferecidos são de diferentes países como o Peru, Alemanha, Marrocos, Quênia, China, Egito, Japão, África do Sul, Índia, Síria, Turquia e também de estados brasileiros.

Para a coordenadora do evento, Lemacia Muniz, a expectativa é de que 15 mil pessoas prestigiem a feira. “Até agora mais de 4 mil pessoas já passaram por aqui. A estimativa é de um público de 15 mil pessoas até o último dia de feira”, disse.

No total, 88 expositores participam do evento, destes 30 são locais. A entrada da feira tem o valor de R$ 8 ou R$ 6 mais um quilo de alimento não perecível. A ideia é contribuir com a campanha ‘Rio Branco Amiga’ e ajudar a população que ainda sofre com os prejuízos causados pela última alagação no Estado.

Lemacia esclarece boatos de que a entrada na feira é gratuita em outros estados brasileiros. “Em nenhum lugar do Brasil a entrada é gratuita. Nem em estados que o governo realiza o evento, a entrada é franca. O valor da entrada é definido de acordo com o tamanho da população”, explicou.

Ainda de acordo com a coordenadora do evento, o custo total para trazer ao Estado uma feira como essa é de aproximadamente R$ 350 mil. Ela ressalta ainda que não existe previsão para a próxima edição da feira. “Pretendemos fazer uma feira bienal. Vamos esperar mais um pouco para poder colocar no calendário novamente”, contou.

“As pessoas que estão aqui vivem disso, o ano inteiro, no Brasil inteiro, é uma feira itinerante. É um incentivo para os expositores locais, que não tem a oportunidade de expor fora, buscar o aperfeiçoamento e participar de feiras internacionais também”, finalizou Muniz.

Opinião dos visitantes

Regina Célia e Mileide Farias elogiaram a exposição e afirmaram que material vendido é de boa qualidade. (Fotos: Tiago Martinello/ A GAZETA)
Regina Célia e Mileide Farias elogiaram a exposição e afirmaram que material vendido é de boa qualidade. (Fotos: Tiago Martinello/ A GAZETA)

Com uma infinidade de produtos à venda, curiosos e amantes de compras estão presentes em todos os stands da feira.

A vendedora Mileide Farias, de 30 anos, conta que é a primeira vez que visita o evento. Ela avalia que os preços estão acessíveis considerando a alta qualidade. “Os produtos são todos de muito bom gosto, tudo muito bonito. Gostei muito dos anéis e das bolsas. Comprei alguns produtos indianos e achei o preço ótimo. Está bem acessível por serem produtos importados”, contou.

Mileide acrescentou a importância de trazer eventos desse tipo para a população. “Você tem a oportunidade de conhecer outras culturas, produtos diferenciados, é bem legal. Gostei bastante”, revelou.

Segundo a estudante Euilandia de Lima, de 22 anos, a primeira visita foi apenas para conhecer. Ela explicou que esses raros eventos servem também para sair um pouco da rotina. “Vim apenas conhecer, pretendo vir outros dias da semana. Esse tipo de evento é bem legal porque no Acre, principalmente em Rio Branco, é difícil ter esse tipo de evento, algo que seja tão atrativo como essa feira”, avaliou.

Já para a funcionária pública Regina Célia, o que mais chamou sua atenção foi a culinária. Segundo ela, a sensação é de estar fazendo um ‘giro pelo mundo’. “Existe uma troca cultural, as pessoas passam a conhecer uma alimentação diferente, nós encontramos coisas muito ricas aqui. A sensação é de estar fazendo um giro pelo mundo”, concluiu.

Produtos exclusivos

O primeiro travesseiro personalizado do mundo é destaque na Feira Internacional. (Foto: Tiago Martinello/ A GAZETA)
O primeiro travesseiro personalizado do mundo é destaque na Feira Internacional. (Foto: Tiago Martinello/ A GAZETA)

Pelos corredores, criados pelos inúmeros stands, é possível fazer uma viagem pelo mundo apenas com os olhos. Entretanto, os dois produtos exclusivos da feira são de nacionalidade brasileira. São eles: o ferro mais econômico e leve do mundo e o primeiro travesseiro do mundo personalizado.

No stand do demonstrador Nadário Júnior é possível encontrar diversas utilidades para o lar como: produto que lava, limpa e seca os dois lados simultaneamente; veda portas; produto para tirar pelo de roupas; produtos para reidratação de couro; artigos que auxiliam na economia de água e, o ferro de passar mais leve e econômico do mundo.

Segundo Nadário, o ferro é uma exclusividade da feira. Apenas a Polishop revende o produto, com o valor superior. “O nosso preço é totalmente diferenciado. Na Polishop ele é comercializado no valor de R$ 350. Aqui, nós vendemos por R$ 99”, explicou.

Ainda segundo o demonstrador, o ferro funciona a base de água, sal e energia. O consumo de energia é de 12v/HR e se assemelha ao consumo de um carregador de celular. O produto foi criado e produzido no Brasil, mais precisamente em São Paulo.

“O ferro não possui resistência, não possui metal e funciona através de ionização salina. Trabalho com esse produto há 27 anos e até hoje nunca tive problema com ele. A sua vida útil é de 14 a 15 anos para uso doméstico, e 6 anos e meio para uso comercial”, finalizou Nadário.

Já no stand do expositor Humberto Pontes, diretor comercial, está disponível para vendas o primeiro travesseiro que, para comprar, é necessário medir o ombro do cliente, pois é um produto personalizado.

“Aqui você vai comprar o seu travesseiro. Nós temos o primeiro travesseiro do mundo com anatomia perfeita. Estamos no mercado há mais de 18 anos. Enquanto a pessoa está dormindo, ele traciona e é totalmente móvel. Onde a fibra do travesseiro toca, aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro e relaxa a cadeia posterior. Ele corrige insônia, labirintite, cefaleia e ronco naturalmente”, explicou Pontes.

De acordo com o diretor comercial, o travesseiro é indicado por vários médicos e é revendido na feira no valor de R$ 347. “O nosso produto é antialérgico, pode ser lavado na máquina e centrifugado. Ele é vendido hoje na Inglaterra, Portugual, Pasquistão, Índia, França, Itália, Estados Unidos e Turquia. O FiberFresh é um produto totalmente brasileiro”, acrescentou.

Para Pontes, mesmo com o movimento tímido da feira, as vendas estão dentro do esperado. “Nosso produto é comercializado apenas em feiras ou no site. Em qualquer lugar do Brasil ele vende muito. A feira ainda está um pouco fraca se comparado ao último ano, e, mesmo assim, continuo vendendo bem”, finalizou.

Diversidade Cultural
Entre as infinidades de produtos expostos é impossível passar pelas comidas e não parar para fazer uma degustação. No stand ‘Doce Marrocos’, do demonstrador Onaldo Júnior, estão disponíveis sete tipos de doces marroquinos. Os sabores são os mais variados como: doce de leite, chocolate e amendoim, coco com chocolate, abóbora com coco entre outros.

Segundo Onaldo, os doces são preparados em fogo à lenha e passam por um longo processo até a finalização. “Eles são fabricados em fogo à lenha, em um tacho de cobre e passam por 16 horas de cozimento, para assim poder chegar à textura ideal”, explicou.

Pela primeira vez no Acre, Onaldo avalia como positiva a procura pelos doces. “Em relação às outras feiras, a venda e procura está na média, dentro do esperado”, contou.

Utilidades para o lar com tecnologia alemã, também estão presentes no evento. No stand do demonstrador Júnior Robson, três produtos de origem alemã são vendidos. A ‘panquequeira’ invertida, cortador “Mandorim Alemão” e o descascador de frutas e legumes. “São produtos extremamente úteis e de boa qualidade”, disse.

Economia Solidária – produtos acreanos na feira

A Economia Solidária está presente no evento com produtos locais. (Foto: Tiago Martinello/ A GAZETA)
A Economia Solidária está presente no evento com produtos locais. (Foto: Tiago Martinello/ A GAZETA)

Além de encontrar produtos diversos de outros países, o visitante também se depara com o artesanato e a culinária regional. O espaço é um apoio da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), em parceria com o Fórum Estadual de Economia Solidária.

De acordo com Luciana Freire, expositora de plantas pelo Acre Solidário e engenheira agrônoma, foi uma surpresa a procura e interesse pela jardinagem. “Até me surpreendeu, a jardinagem está sendo bem procurada. Apesar do foco da feira ser outro, as pessoas têm visitado, em menor número, mas têm procurado sim. As vendas estão dentro do esperado”, revelou.

A culinária regional é um ponto forte dentro da feira. Elisângela Freitas, de 35 anos, está otimista com as vendas, há três anos no ramo da culinária regional, ela conta que todos os pratos são muito procurados. “Ainda temos uma semana pela frente e nossas vendas estão dentro do esperado. Aqui você encontra pirarucu a casaca, pato no tucupi, galinha picante e outros pratos de comidas típicas. Além do suco verde, que está fazendo muito sucesso!”, contou animada.

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