O governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre se reuniram com empresários do comércio em entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira, 30, na Casa Rosada. Eles foram anunciar o Programa BNDES Emergencial de reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais (BNDES PER).
O objetivo do programa é colaborar com a recuperação da atividade econômica, nos municípios que foram atingidos pela enchente histórica que assolou o Estado, entre os meses de fevereiro e março deste ano. Foram disponibilizados para o Acre até R$ 300 milhões de crédito.
A iniciativa é direcionada para empresas, cooperativas, empresários e empresas individuais, produtores rurais (pes-soas físicas ou jurídicas). Os interessados precisam apresentar Receita Operacional Bruta ou Renda Anual de até 90 milhões e as empresas estarem localizadas em municípios com até 500 mil habitantes, de acordo com o IBGE, e que foram afetados pela enchente.
Segundo o governador Tião Viana, essa é a melhor linha de crédito que surgiu nos últimos 20 anos. “Significa uma mão estendida de socorro ao Acre, que passou por sua mais grave crise. Uma calamidade pública em decorrência da cheia”, disse.
O programa assegura aos empresários até 10 anos para efetivar o pagamento do empréstimo, e 2 anos de carência. Como empresa individual, o crédito é de até R$ 5 milhões. Os interessados devem procurar suas respectivas agências bancárias.
Para o prefeito Marcus Alexandre, esse é o caminho para a recuperação e fortalecimento da economia do Estado. “É muito importante que o setor privado seja fortalecido, que os empregos voltem ao número que tínhamos antes da enchente. Que os comerciantes, empresários, atacadistas, supermercados, possam investir e ter o capital de giro. Estamos iniciando uma fase de recuperação da economia e da cidade”, ressaltou.
Antônio Junior Sperotto, vice-presidente da Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Acre (Adacre), acredita que a iniciativa será uma injeção de ânimo. “Da vontade de continuar investindo, acreditar na nossa economia. De pensar em manter os empregos, e até voltar alguns empregos que foram perdidos nos primeiros meses deste ano”, destacou.