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Zona Azul: flanelinhas continuam nas ruas onde o sistema opera

A Zona Azul surgiu em Rio Branco como uma novidade. Apesar dos rumores, a curiosidade sobre o novo modelo de estacionamento rotativo chamou a atenção.

A primeira fase da Zona Azul foi implantada no dia 15 de dezembro de 2014 em cinco ruas do centro da cidade. Após isso, outras localidades foram sendo incluídas no projeto, que tem o objetivo de democratizar os espaços públicos de Rio Branco.

Com a implantação da Zona Azul, a vida de muita gente mudou. Exemplo disso foi a flanelinha Maria Iricicleia de Oliveira, 31, que viu seu rendimento diário cair em mais da metade. Ela afirma que a prefeitura prometeu matriculá-la em um curso, além de um emprego com carteira assinada.

“Fiquei contente quando fui chamada para fazer o curso de máquina pesada. Mas ainda não me chamaram para trabalhar. Como tenho uma família de 12 pessoas para sustentar, não posso ficar parada. Por isso, eu tive que voltar para as ruas e continuar o serviço como flanelinha. Até porque, como eles disseram que o meu curso foi caro, uns 800 reais, não puderam dar o auxílio mensal que prometeram”, explica.

Assim como Maria Iricicleia, outras dezenas de flanelinhas voltaram para o Centro da cidade, mesmo com o fato de o local já fazer parte da Zona Azul. A maioria trabalhou ali a vida inteira.

Ao caminhar próximo ao Palácio Rio Branco, nota-se que metade desses trabalhadores pertence a mesma família.

Ainda de acordo com Iricicleia, antes, ao final do dia, o valor recebido chegava a R$ 70. Depois, com o novo sistema, não ganha mais do que R$ 30. Claro, as pessoas não vão pagar duas vezes pelo estacionamento.

Para driblar essa dificuldade, a flanelinha explica que ainda mantém o sustento com as lavagens de carro na rua ou com as gorjetas que recebe ao ajudar nas manobras, mas ainda é pouco. “Eu não quero continuar aqui, mas preciso do dinheiro. Não vejo a hora de ser chamada para esse emprego que nos prometeram. Eu quero sim trabalhar. Quero ter carteira assinada, décimo terceiro, férias. Quero o que todo trabalhador quer”, afirmou.

A flanelinha Iriscleia de Oliveira, 30, irmã de Maria Iricileia, trabalha guardando carros no Centro há 10 anos. Não sabe fazer outra coisa. Ela está à espera de ser chamada para o curso profissionalizante. Até lá, a jovem continua com o serviço rotineiro.  “Prometeram o curso e eu estou esperando”, cobra.

“Somos trabalhadores”, desabafa flanelinha que teve a identificação tomada

José James ficou sem colete, crachá e cartão dado inicialmente pela prefeitura. (Foto: Tiago Martinello/ A GAZETA)
José James ficou sem colete, crachá e cartão dado inicialmente pela prefeitura. (Foto: Tiago Martinello/ A GAZETA)

A professora Safira Ribeiro não sabe usar o parquímetro e nem se arrisca. Sempre com pressa, nunca encontra as monitoras da Zona Azul por perto. Por isso, ela revela que faz uma “gambiarra”. “Eu peço ajuda aos flanelinhas. Eles são sempre solícitos. Não cobram nada pela ajuda. Eu dou algum trocado para agradecer, mas acho desprestígio para eles. Deveriam incluí-los como parceiros”.

A princípio, alguns deles também faziam parte do Estacionamento Rotativo, afirmou o flanelinha José James de Oliveira, 39. No entanto, sem aviso prévio, o acordo foi rompido. “A gente tinha todo o material. Mas aí um dia chegou um policial sem identificação e nos mandou tirar o colete, o crachá e devolver o cartão. Ficamos sem qualquer identificação. Daí fica difícil trabalhar, já que muita gente pensa que somos marginais”, denuncia.

James se queixa de serem tratados com preconceito por muitas pessoas, incluindo autoridades. “Nós estamos aqui para ajudar os motoristas a manobrarem seus carros, porque vemos batidas todos os dias. Nós não estamos aqui para cobrar pelo estacionamento, pois para isso tem a Zona Azul. Lavamos carros, auxiliamos nas manobras e até ajudamos algumas pessoas com o parquímetro, já que parte delas não sabe mexer”.

O flanelinha afirma que diversas vezes é comparado com bandido, mas que só quer fazer o seu trabalho, o mesmo que exerce há 20 anos. “Esse policial que levou nossa identificação alegou que fazia aquilo porque um tal ‘flanelinha’ estava mexendo com as mulheres que estacionavam aqui. Acontece que esses caras não são flanelinhas, mas sim uns drogados. Não temos nada a ver com eles. Eles são o que chamamos de falsos clandestinos. Não corremos atrás de ninguém. Somos trabalhadores. Eu, por exemplo, saio 6h de casa e só volto 6h da noite”, defendeu-se.

Motoristas querem modificações no sistema

Motoristas elogiam quantidade de vagas disponíveis no Centro, mas alegam que estacionamento rotativo deveria sofrer algumas melhorias. (Fotos: Tiago Martinello/ A GAZETA)
Motoristas elogiam quantidade de vagas disponíveis no Centro, mas alegam que estacionamento rotativo deveria sofrer algumas melhorias. (Fotos: Tiago Martinello/ A GAZETA)

Uma das vantagens do sistema de estacionamento rotativo é a quantidade de vagas disponíveis. Todos os motoristas são unânimes quanto isso, mesmo aqueles que criticam a Zona Azul.

O técnico de refrigeração Lucas Melo relata que antes era impossível ir ao banco sem ter que dar várias voltas ou sem precisar pagar um estacionamento privado. “Gostei, porque as vagas ficaram mais rotativas. No entanto, acho ruim termos de pagar por um espaço público”, disse.

Quem sentiu os efeitos da mudança no bolso foi o assessor parlamentar Everton Moraes. Ele já foi multados 4 vezes em menos de um mês. “Já fui multado por causa do atraso de um minuto. Eu estava chegando perto do meu carro e a monitora passando a caneta. Expliquei que eu já estava de saída e que não havia necessidade, já que era apenas um minuto. Ela disse que não poderia fazer mais nada, já que a multa tinha sido lançada no sistema. Seria bom se isso mudasse”.

A advogada Lilian Gabrielly Farias Nobre prefere deixar o veículo dela em um estacionamento privado justamente pelo fato de o limite de permanência da Zona Azul ser de 2h. “Eu trabalho aqui no Fórum. Não tenho como ficar vindo renovar o ticket. Além disso, sempre estou com pressa e a distância de um parquímetro para o outro é um pouco grande”, justificou.

Monitoras trabalham 6h por dias sem banheiro próprio
Uma das monitoras, que não quis se identificar, afirma que trabalha 6h por dia. Ela explica que o seu trabalho é conferir as placas dos carros e checar se algum deles está com o prazo esgotado. Caso esteja, ela emite um aviso.

Todos os dias ela fica em uma rua diferente, já que não há monitoras para cada parquímetro. “Seria bom mais mão de obra, mas não tenho do que reclamar. Temos um bom emprego e carteira assinada”, declara.

O advogado Marcus Vinícius Paiva, 34, estaciona seu carro todos os dias no local. Ele denuncia que as monitoras trabalham em situações precárias. “Essas meninas não têm condições de trabalhar aqui. Quando elas precisam beber água ou ir fazer suas necessidades fisiológicas, ficam procurando repartições públicas para usar o banheiro. Já avisei que vou denunciar o caso”, alertou.

Coordenador da Zona Azul confirma o sucesso do sistema no Centro de Rio Branco

O coordenador estadual da Zona Azul, Henrique Borges, espera assentar definitivamente o sistema em um ano. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
O coordenador estadual da Zona Azul, Henrique Borges, espera assentar definitivamente o sistema em um ano. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

Após cinco meses de implantação da Zona Azul, o coordenador estadual, Henrique Borges, avalia como positiva a implantação do sistema. Ele ressalta as outras formas de aquisição dos tickets e explica o real papel das meninas que fazem a monitoria das vagas. Atualmente, existem 34 parquímetros instaladas nas ruas Marechal Deodoro até a Avenida Ceará e Epaminondas Jacome até o Terminal Urbano.

Com uma frota de 150 mil carros, o sistema visa democratiza as vagas de estacionamento. O projeto prevê a ampliação para as regiões do Bosque e Estação Experimental. Apenas os portadores de alguma deficiência é que são isentos do pagamento da Zona Azul.  O idoso precisa pagar, mesmo apresentando o cartão de identificação fornecido pelo Detran/AC. “Mesmo assim, ambos precisam da identificação no carro correspondente a exclusividade”, disse Borges.

“Estamos aguardando o aval do prefeito Marcus Alexandre. Hoje tem onde estacionar no Centro. O trânsito está mais organizado. A expectativa é de seis a um ano para assentar definitivamente a Zona Azul. Esse é o tempo que leva a adaptação e a mudança de cultura”, prevê o coordenador.

Os comerciantes precisam se atentar para as possibilidades proporcionadas pela Zona Azul. “Por exemplo, o cliente chegou para comprar, oferece o pagamento do estacionamento. Dependendo do valor da compra, presenteia o cliente com o cartão”, sugeriu Henrique.

Uma parte da população ainda se mostra apreensiva ao precisar utilizar o sistema. Percebendo essa dificuldade, Henrique Borges explica que há outras maneiras de usar a Zona Azul bem mais práticas.

“Atualmente é possível usar o aplicativo no celular (Estacionamento Rotativo Rio Branco), no site (mobilicidade. com.br/riobranco), o cartão adquirido com as monitoras ou através do telefone 3025-0330, após rápido cadastro no site. Por meio dessas ferramentas, o motorista nem precisa sair do carro e ir ao parquímetro”, explicou o coordenador.

Sobre o papel das monitoras, Henrique destaca que a função delas é monitorar quem pagou ou não para utilizar a vaga e não ajudar exclusivamente na utilização do parquímetro. “Por exemplo, ainda existem pessoas que não sabem manusear os caixas eletrônicos, mesmo assim, os bancos não colocam um atendente em cada unidade para ajudar os usuários. Sendo assim, as monitoras da Zona Azul ficam circulando”, confirma. Atualmente são 20 monitoras para atender a demanda.

Fim dos flanelinhas identificados pela prefeitura

Coordenador da Zona Azul afirma que a Rbtrans retirou as identificações dos flanelinhas após denúncias. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
Coordenador da Zona Azul afirma que a Rbtrans retirou as identificações dos flanelinhas após denúncias. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

No início da implantação, a prefeitura nos pediu para absorver alguns dos flanelinhas no sistema. “Mas, percebemos alguns desvios graves por parte de alguns. Por exemplo, eles ajudavam uma pessoa e no máximo que a Zona Azul cobra é R$ 2 e eles vendiam o ticket por R$ 5 e ainda utilizavam o cartão. Eles usavam o colete da prefeitura e após o relato desses e outros problemas a RBTrans retirou as identificações”, justificou.

Henrique conta que, durante a semana, foi registrado um incidente com flanelinha e uma monitora. “O rapaz correu atrás de uma monitora com uma faca no Centro. Desde então, a Polícia Militar está ajudando de forma ostensiva”, afirmou.

Os motoristas são constantemente ameaçados de ter os carros riscados, caso não paguem para flanelinhas, disse o coordenador.

Sistema de trabalho das monitoras

Monitoras da Zona Azul trabalham 6h por dia e usam equipamentos de proteção. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
Monitoras da Zona Azul trabalham 6h por dia e usam equipamentos de proteção. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

Para quem questiona a forma de trabalho das monitoras, Henrique ressalta que elas não autuam o estacionamento. Quem autua são os homens da Rbtrans. O sistema em tempo real possibilita uma agilidade no serviço prestado.

Elas trabalham seis horas do dia em dois turnos. “A empresa é nacional, temos 28 filiais. Todas as monitoras usam os equipamentos de proteção, como botas e protetor solar. A sede da empresa fica no próprio Centro, o que facilita a utilização de banheiros, por exemplo. Além disso, elas têm o tempo de lanche por 15 minutos a cada duas horas”, confirma o coordenador.

Curso para os flanelinhas: Semcas anuncia formação de novas turmas nos próximos meses

Irmãs Iriscleia e Irisleia aguardam por emprego fixo. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)
Irmãs Iriscleia e Irisleia aguardam por emprego fixo. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)

Na tentativa de oferecer uma saída para quem perdeu o posto de trabalho, a Prefeitura de Rio Branco criou o Plano de Apoio à Requalificação Profissional dos Flanelinhas que, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem e Comércio (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), oferece cursos de eletricista, operador de máquinas pesadas, cabeleireiro e frentista. Para garantir a conclusão do curso, é oferecida também uma bolsa no valor de R$ 600.

Atualmente, 36 flanelinhas estão sendo capacitados. A previsão é que a primeira turma com 19 pessoas se forme daqui a duas semanas, prevê o diretor de Proteção Social e Especial da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, Fábio Fabrício.

“A principal dificuldade encontrada para inserção dos flanelinhas nos curso é referente a baixa compreensão, a falta de escolaridade mínima, falta de documentação e até mesmo o cumprimento da carga horária. A bolsa só é paga para quem cumpre o estabelecido de frequência e desempenho. A medida que as turmas forem sendo formadas, mais pessoas serão chamadas. A intenção é a capacitação para o mercado de trabalho formal”, confirmou o diretor.

Em relação a postos de trabalho, Fábio Fabrício destaca que alguns serão absorvidos pelas empresas que prestam serviço à própria prefeitura. “Muitas vezes, essas empresas precisam de mão de obra, então os formandos serão indicados, porém, vão passar por todas as avaliações da empresa. Não existe nenhum acordo que determine que a prefeitura vai conseguir um emprego para eles”, ressaltou.

As aulas foram iniciadas no mês de abril. Os interessados em participar de algum desses cursos podem procurar na prefeitura o setor de Apoio a Casa Civil para fazer o cadastro.

A figura do flanelinha não foi eliminada das ruas de Rio Branco com a Zona Azul
“Já esperávamos pela volta de alguns flanelinhas as ruas. É muito difícil para eles que trabalharam a vida toda nas ruas. Eles não tem o costume de cumprir horário e em relação ao salário. Nas ruas, eles ganhavam muito mais do que nós estamos oferecendo. Essas são as facilidades do trabalho informal”, explicou o diretor da Semcas.

Através do Plano de Apoio à Requalificação Profissional dos Flanelinhas, o poder público oferece apoio para a entrada para o mercado formal e seus direitos. “Estamos pensando no futuro desses trabalhadores. Oferecendo garantias de que no futuro eles possam ter acesso à direitos como aposentadoria, por exemplo”, concluiu Fábio Fabrício.

Vereador propõe alterações na cobrança do estacionamento da ‘Zona Azul’

Marcelo Jucá quer isenção para deficientes e idosos. (Foto: Ascom PMRB)
Marcelo Jucá quer isenção para deficientes e idosos. (Foto: Ascom PMRB)


MARCELA JANSEN

Com apenas seis meses de funcionamento, o novo sistema de estacionamento rotativo da capital acreana, conhecido como Zona Azul, tem motivado diversos debates acerca da qualidade e eficiência do serviço.

Um ponto bastante questionado pelos usuários tem sido a cobrança do serviço aos idosos e portadores de necessidades especiais.

Na tentativa de corrigir essa questão, o vereador Marcelo Jucá (PSB) apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal de Rio Branco propondo a regularização do uso do estacionamento por essas pessoas. Atualmente, as duas categorias são obrigadas a pagar para usufruir do serviço.

“Defendo que portadores de necessidades especiais e idosos tenham a isenção do pagamento da taxa. Eu, particularmente, não acho justo que eles sejam obrigados a pagar pelo estacionamento. Temos que ter consciência e agir de forma correta quanto a essas duas categorias”, falou Jucá.

Segundo o vereador, a proposta prevê a isenção apenas nas vagas especiais destinadas a estes públicos. Ele também informa que o benefício só terá validade para o veículo com credencial de identificação de pessoa com deficiência e/ou idoso, concedida pela secretaria competente.

Marcelo Jucá destaca ainda que não havendo a possibilidade de se estacionar na vaga específica, o idoso ou portador de necessidade especial estaria apto a estacionar em uma vaga comum, sem onerosidade.

“A isenção, a princípio, é apenas para as vagas especiais. Mas, estando todas ocupadas, o usuário poderá estacionar em uma vaga comum sem ser preciso pagar a taxa. Por isso a necessidade que o carro esteja com credenciamento”, frisou o vereador.

O objetivo da lei, segundo o autor, não é somente para a isenção da taxa, como também a oportunidade das pessoas com mobilidade reduzida esta-cionarem próximo ao local do destino e evitar que tenham que percorrer longas distâncias.

“Os idosos e deficientes já têm uma cota de vagas reservada a eles, a única coisa que se precisa fazer é corrigir esse pequeno erro. A melhoria do atendimento a essas pessoas não se trata de obrigação, e sim respeito e consideração”, disse o vereador.

Para o comerciante Gumercindo Alves Rodrigues, 55 anos, caso a lei seja sancionada, beneficiará os idosos. “Eu sou a favor da lei. Hoje, existem poucas vagas para idosos no Centro da cidade. Alguns têm dificuldades para andar e ficam por vários minutos esperando a vaga ser liberada. Essa lei vai facilitar nossa vida”, explica.

É a mesma opinião do mototaxista Juarez Oliveira de Souza, de 39 anos. “Para o idoso, o certo é não pagar a taxa. Também acho que eles deveriam parar em qualquer vaga, da mesma forma os portadores de necessidades especiais”, afirma.

Tempo de tolerância
Jucá propõe ainda que o tempo de tolerância para o condutor começar a pagar pelo serviço seja de 30 minutos. Segundo ele, após ouvir a população, chegou à conclusão de que o tempo de quinze minutos não é o ideal. “Se a pessoa foi rápida e não ultrapassar os 30 minutos, não é obrigada a pagar. É uma forma de facilitar a vida dos motoristas cuja demanda seja rápida”, salientou.

O gerente José Geraldo da Silva, de 67 anos, também concorda com o aumento no tempo de tolerância. Para ele, não é correto estacionar por 20 minutos e pagar o valor de duas horas.

“Na maioria das vezes que precisei estacionar na área da Zona Azul, o máximo de tempo que fiquei foi 30 minutos. Acho ideal essa mudança. Não é justo pagar por duas horas quando na verdade você sabe que só irá ficar no máximo 20 minutos”, pontou.

Falta de troco
Outro ponto questionado pelo vereador diz respeito à aquisição do cartão de estacionamento. Ele frisa que, em muitos casos, os motoristas são obrigados a adquirir o cartão devido à falta de troco.

“Os atendentes têm apenas cartões para comercializar e muita gente não está interessada em adquirir o produto. É um absurdo o cliente ter que comprar um cartão de estacionamento se você quer usar apenas alguns minutos”, ressalta o vereador.

O parlamentar destaca que o correto seria que a empresa disponibilizasse uma pessoa específica para auxiliar nessa questão. “Temos que ser justos com os usuários. Quem não quer adquirir o cartão não deveria ser obrigado a comprá-lo só porque não tem alguém que disponibilize o troco”.

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