Após três meses do início do primeiro semestre de 2015, os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) começam uma greve nesta sexta-feira, 29. Em todo país, mais de 40 universidades federais já deliberaram greve. Com a decisão de paralisação, pouco mais de 5 mil estudantes estarão sem aulas por tempo indeterminado.
Entre as reivindicações, os federais querem a estruturação da carreira docente com valorização salarial; valorização salarial dos ativos e aposentados; melhoria das condições de trabalho no interior das instituições; e ainda a defesa da autonomia da universidade.
“As universidades estão correndo o risco de ter seus professores contratados terceirizados por organizações sociais. Isso implica a extinção da nossa carreira e, assim, o governo se desobriga com a instituição pública, porque as universidades vão passar a ser geridas pelos interesses privados”, explica o vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), João Lima.
Atualmente, a Ufac conta com aproximadamente 800 professores. O movimento foi suspenso em 2012, quando governo e docentes estabeleceram acordo. Em férias, os professores ainda não iniciaram conversa para estabelecer ações.
Técnicos também entram em greve
Embalados pelo movimento de greve nacional das universidades federais, após plenário realizado no último final de semana em Brasília, os servidores técnicos da Universidade Federal do Acre (Ufac) também já iniciaram uma paralisação.
Pelo menos 38 universidades entram no movimento grevista. A principal pauta de reivindicação dos servidores é reposição salarial de 27,03%, dado pelo legislativo; a conquista de 30 horas semanais de trabalho (sem perda de salário); Isonomia salarial e reabertura para que técnicos em educação consigam a racionalização dos cargos.
Segundo o presidente do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau do Acre (Sintest), Aldemar Sena, a paralisação visa estas negociações e ainda o ticket de alimentação que seria o menor do executivo.
“Estamos, estrategicamente, trabalhando uma greve junto para ter mais força, não só das universidades federais, mas com outros órgãos federais”, afirma Aldemar.
A intenção é articular uma greve unida como forma de fortalecer o movimento sindical e ao mesmo tempo negociar as demandas de cada carreira, segundo esclarece o sindicalista.