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Polícia Civil do Acre indicia homem com base na lei do Feminicídio

Célio da Silva Cunha, 32 anos, foi preso na tarde de ontem, 18, em Rio Branco. Ele entrou para a estatística dos crimes hediondos na região do Purus e se tornou o primeiro acreano a responder por feminicídio.

Ele estava sendo procurado desde a noite do último dia 14, quando matou a própria esposa, Ocineide da Silva Lima, de 34 anos, com 18 facadas. De acordo com o delegado Remullo Diniz, responsável pela investigação, o crime ocorreu após uma discussão entre o casal.

A brutalidade foi praticada na frente da filha da vítima, de 10 anos, que ainda pediu ajuda ao vizinho, mas não teve tempo de impedir a morte de Ocineide. Após o sinistro, Célio fugiu da cidade com o propósito de escapar do flagrante, mas acabou preso ao se apresentar com um advogado à sede da Delegacia Itinerante.

O feminicida tem passagens na polícia por roubo, envolvimento no tráfico de entorpecentes, cárcere privado e sequestro. Ele teve a prisão decretada pela justiça no dia anterior ao crime.

O que muda após a nova Lei do Feminicídio

Desde o mês de março, está em vigor a lei 13.104/15. A chamada Lei do Feminicídio alterou o Código Penal para incluir mais uma modalidade de homicídio qualificado. A nova lei pode ser utilizada quando o crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. A pena vai de 12 a 30 anos.

A lei acrescentou o § 7º ao art. 121 do Código Penal estabelecendo causas de aumento de pena para o crime de feminicídio. Será aumentada de 1/3 até a metade se for praticado, durante a gravidez ou nos 3 meses posteriores ao parto, contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência e na presença de ascendente ou descendente da vítima.

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