O líder da bancada federal acreana, deputado Raimundo Angelim (PT/AC), voltou a defender a realização de uma reforma política no país como modo de tentar reaproximar o parlamento legislativo com a sociedade. Ele reafirmou a necessidade de incentivar a participação dos jovens na política do país.
“Defendo a realização de uma reforma política que se adeque à realidade do país, que valorize os partidos. E que seja capaz de reaproximar a sociedade, especialmente os jovens, da atividade política. Para tanto, devemos resgatá-la como um instrumento de formação para a cidadania e também como um dos pilares para o desenvolvimento socioambiental do Brasil”, pontuou Angelim.
O líder político defende, também, o fim de financiamentos empresariais das campanhas. Para ele, este artifício acaba por estabelecer condições desiguais nos pleitos eleitorais.
“Tendo como objetivo maior da reforma a preservação da democracia, acredito que seja necessário, urgentemente, afastar o financiamento empresarial das campanhas. Isso tem gerado condições cada vez mais desiguais nos pleitos eleitorais. Sem contar que essa prática tem se tornando origem de corrupção e desvios de conduta”, falou.
Angelim destaca que o ponto central da reforma política seria a redução dos custos das campanhas. “É preciso reduzir os custos das campanhas políticas. A disparidade entre doações e gastos é antidemocrática e desigual. Penso que esse é o ponto central da reforma política.”, enfatizou o deputado, ao defender a permanência do voto obrigatório, uma vez que, segundo ele, o voto facultativo elitiza a eleição.
Por fim, ele afirma que para que a reforma política tenha o sucesso desejado, se faz necessário que ela seja amplamente debatida com a sociedade. “Nenhuma reforma política terá sucesso, se não for amplamente discutida com a sociedade civil organizada e com os movimentos sociais. Sem isso, não teremos êxito em resgatar a credibilidade do parlamento e dos políticos”.