A ex-senadora Marina Silva voltou a destacar a crise política e econômica do Brasil. Ela criticou duramente os ajustes fiscais realizados pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), no início de 2015.
Marina afirma que o país corre o risco de enfrentar uma crise social. “As pessoas estão perdendo o emprego, vivendo as dificuldades da inflação, sofrendo as consequências do baixo crescimento”, disse.
A ex-petista ressalta que o ajuste fiscal é necessário, porém, critica a forma como o Governo Federal tratou o assunto. Para ela, a falta de reconhecimento da chefe de Estado, quanto a gravidade da situação econômica do Brasil, durante o período eleitoral do ano passado, tornou o pacote de medidas fiscais mais doloroso para o brasileiro.
“O fato de a presidente (Dilma Rousseff) ter feito uma campanha negando os problemas faz com que as medidas (do ajuste fiscal) não sejam entendidas pela sociedade. A falta de credibilidade do governo em relação à agenda econômica faz com que as medidas hoje sejam feitas três vezes mais duras do que seriam com alguém que tem credibilidade”, salientou Marina.
Questionada quanto à possibilidade do impeachment da presidente, Marina reafirmou que não é a solução mais viável ao País. Para ela, o impeachment só teria validade se Dilma estivesse diretamente envolvida a algo irregular.
“Nós não podemos nos transformar em uma republiqueta que, por discordar do presidente, faz qualquer manobra para tirá-lo do cargo. Essa cultura de tirar qualquer um que esteja no poder em função de discordar dele, isso foi criado pelo PT, e não acho que se deva dar continuidade a esse ‘modus operandi’. Sem a materialidade dos fatos não se deve ter uma postura de aprofundar o caos que hoje está no Brasil”, finalizou.