O Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores (PT) do Acre realizou na manhã de sábado, 23, mais uma plenária estadual. A crise econômica que o país enfrenta atualmente e a possibilidade de criação de uma CPI para investigar os investimentos realizados na BR-364 foram os principais temas mencionados no encontro.
O presidente do partido, Ermício Sena, iniciou sua fala agradecendo a presença da militância ao partido. Ele lembrou que a plenária de sábado foi à última reunião antes da realização do 5º Congresso Nacional do PT, que acontece em junho, em Salvador/BA. Segundo Ermício, o encontro servirá para o PT refundar seus valores éticos e morais.
O governador Tião Viana afirmou que a instalação da CPI é um retrocesso que a oposição tentar impor ao Estado. Ele considera desnecessária a ação, haja vista que já existem órgãos de controle que fazem auditorias e fiscalizam a aplicação dos recursos federais na obra.
Sem citar nomes, o governador elogiou a postura do deputado estadual da oposição que retirou seu nome do requerimento que solicitava a instalação da CPI.
“Um deputado da oposição retirou a assinatura porque entendeu que a CPI seria um retrocesso. Um deputado do Juruá, que retirou a assinatura da CPI porque viu que prejudicaria as comunidades do Juruá. O que queremos debater com a oposição é a mortalidade infantil, a educação, saúde, cultura, a ética. Isso sim é um debate para uma oposição que respeitamos”, pontuou Tião Viana.
O prefeito Marcus Alexandre também comentou sobre a CPI. O líder político disse que o que deve ser levado em consideração é que atualmente se pode chegar aos municípios pela estrada, coisa que, segundo ele, até cinco anos atrás era praticamente inviável.
“Aqueles que estão lá na Assembleia Legislativa querendo aprovar uma CPI não se lembram de que no passado levava quatro, cinco dias para chegar à cidade de Cruzeiro do Sul. E hoje chegamos em 10 horas”.
O líder do governo na Aleac, deputado Daniel Zen destacou o momento delicado no qual vive o partido atualmente. Porém, ele ressaltou que, mesmo com toda dificuldade nos cenários político e econômico, os líderes trabalham no sentido de dar continuidade ao desenvolvimento do país.
Seguindo a mesma linha do colega de partido, o deputado federal Raimundo Angelim frisou a importância de a legenda assumir os erros cometidos. Ele cobrou também mais lealdade dos aliados da presidente Dilma Rousseff, no que diz respeito à votação de medidas do ajuste fiscal enviadas ao Congresso.
“É preciso assumir os erros na condução da política econômica, Temos a obrigação de sermos leais neste momento de crise”, disse Angelim ao chamar ainda a oposição no Acre e no Brasil de “frágil e desqualificada”.