A aprovação de um requerimento de autoria da deputada doutora Juliana (PRB) proporcionou a realização de uma sessão solene nesta quinta-feira, 7, na Assembleia Legislativa (Aleac), em homenagem aos policiais civis do Estado. A parlamentar lembrou o legado de lutas dos policiais civis acreanos e disse que o objetivo desses profissionais é garantir o exercício pleno da justiça.
“É uma honra muito grande estar aqui hoje para homenageá-los. São vocês os verdadeiros heróis, pois dão suas vindas pensando em uma única coisa: alcançar a justiça. São vocês que deixam suas famílias para irem cuidar da segurança deixando por vezes inseguros os de sua família”, lembrou a proponente da sessão solene.
O deputado Eber Machado (PSDC), presidente em exercício do Poder Legislativo, disse que os policiais civis sempre terão na Assembleia Legislativa do Acre um porto seguro para as suas reivindicações. “Vocês sempre terão aqui um ombro amigo e uma mão estendida para as reivindicações dos senhores”, disse o parlamentar.
Jânio Bosco Gandra, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis, ressaltou que a missão da categoria é ‘dolorosa’, mas que a profissão deve ser encarada como um ‘sacerdócio’.
“Sei o quanto é doloroso sair de casa e cumprir a missão. Ao recebermos esse manto, nós recebemos um sacerdócio, se assim não fizermos seremos apenas um burocrata”, pontuou Janio Bosco.
Já o presidente da Federação dos Policiais Civis do Norte, Antônio Jales Moreira, comentou as condições de trabalho na região e utilizou como exemplo o Estado de Rondônia. Segundo ele, a situação das unidades de Polícia Civil rondonienses é ‘caótica’.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre, Itamir Alisson de Lima, defendeu a elevação da categoria para nível superior. Ele pontua que a elevação garantirá a melhor qualificação dos agentes. Para o sindicalista, estados mais pobres como Roraima remuneram melhor que o Acre.
“A Polícia Civil trabalha de forma científica, de forma sistêmica e por isso defendo o nível superior. Hoje o agente de polícia do Amazonas terá o salário igual ao do perito criminal. O Estado de Roraima aplica um salário quase o dobro do pago no Acre”, frisa.
Finalizando, o secretário adjunto de Polícia Civil do Estado do Acre, Alex de Souza, enalteceu o trabalho desenvolvido pela categoria e disse que “ser policial civil significa deixar muitas das vezes o conforto do seu lar” e acrescentou: “A atividade do profissional civil deve ser valorizada a cada dia”.
Atualmente a Polícia Civil conta com 941 agentes. Há a perspectiva para a contratação de 162 novos agentes aprovados no último concurso, entretanto o número de pedidos de aposentadoria chega a 200. (Agência Aleac)