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Presidente da Acisa afirma que greve da Suframa atrapalha empresário acreano

 O presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Jurilande Aragão, explica que o risco de desabastecimento é pequeno, em função da nova greve da Suframa deflagrada na semana passada. No pátio do órgão, existe congestionamento de carretas que aguardam a liberação das cargas.

O movimento é para tentar derrubar o veto da Medida Provisória 660, referente ao Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores, realizado no último dia 8 de maio pela Presidência da República. No Acre, a Suframa conta com 27 funcionários. A greve ocorre em todo Brasil.

Os prejuízos são muitos, destaca Jurilande. “O empresário tem que arcar com os custos do até a entrega das cargas. Tudo fica mais oneroso durante o movimento. Mas, os empresários locais possuem meios de não sofrer com o desabastecimento de produtos”, falou o presidente.

O caminhoneiro Léo Mário, de 73 anos, veio do Rio Grande do Sul e está com uma carga de salada de frutas parada. Ele explica que não recebe diária do contratante pelo tempo que fica aguardando a liberação, ou qualquer ajuda de custo. Ele explica que o maior gasto é com o combustível, pois precisam deixar o veículo ligado para não perder a carga. Além disso, para que o carregamento fique seguro chegam a pagar até R$ 50 para passar a noite em um estacionamento.

Mesmo assim Jurilande ressalta que os servidores da Suframa sofrem com a desvalorização do governo federal. “Pedimos ajuda dos nossos senadores, para que o serviço do órgão seja normalizado. A Acisa já encaminhou um ofício para a Suframa em Manaus para que alguma medida seja tomada, sem prejudicar o direito a greve e nem a população em geral”.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Renato Santos, nesta terça-feira, haverá uma reunião com representantes do governo onde serão discutidas as reivindicações dos trabalhadores e propostas de acordo. Ele explica também que ao menos 30% dos serviços oferecidos pelo órgão estão em funcionamento, mas que haverá atraso na entrega das mercadorias.

“Nesses serviços que estamos realizando, estamos dando prioridade para medicamentos hospitalares e alimentos perecíveis. Por dia estamos atendendo 122 notas que dão entrada na Suframa. Quando chegamos a essa cota, os próximos motoristas precisam esperar pelo atendimento”, explicou.

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