Após ser vetada a Medida Provisória 660, referente ao Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), uma greve por tempo indeterminado foi deflagrada em todo o país e iniciada na manhã desta quinta-feira, 21. No Acre, a Suframa conta com 27 funcionários.
De acordo com o vice-presidente do Sindframa, Renato Santos, a medida foi aprovada e logo em seguida a presidência vetou. Santos explicou que a pauta de reivindicação inclui, principalmente, a aprovação do artigo 9 da Medida, referente à reestruturação dos salários e vencimentos dos trabalhadores.
“Resolvemos paralisar para mobilizar a bancada, não apenas da Região Norte, mas de todas as regiões do Brasil, e derrubar esse veto. Por conta do descaso do governo, a gente resolveu parar as atividades da Suframa. O governo nos enganou da última vez, disse que ia melhorar as coisas, pediu um prazo absurdo e nós demos, e, no final do prazo, não houve melhorias”, desabafou.
O governo federal justifica o veto e aponta a inconstitucionalidade do item que equiparava os salários dos trabalhadores do órgão a servidores de outras esferas federais, uma vez que o Congresso não pode propor matéria que cause impacto no Orçamento.
Ainda segundo Santos, 100% dos trabalhadores aderiram o movimento. “A Suframa está abandonada, tanto é que temos um prédio caindo aos pedaços. Em Brasileia os servidores estão em uma salinha cedida pela Prefeitura. Então, além da valorização do servidor, estamos brigando pela valorização da Suframa em si. Não temos condições de trabalho”, denunciou o sindicalista.
O vice-presidente informou ainda que ao menos 30% dos serviços oferecidos pelo órgão vai estar garantido à população, mas adianta que haverá atraso na entrega das mercadorias.