Os casos de pneumonia no Acre podem se agravar, afirmou o secretário de Saúde do Estado, Armando Melo, em coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira, 1º. Segundo ele, a falta da procura pela imunização durante da Campanha de Vacinação contra a Influenza é a principal responsável por isso.
Segundo o gestor, a situação é preocupante. Os pais ou responsáveis estão deixando de levar seus filhos até o posto de saúde para vaciná-los. A atitude é imprudente e põe em risco a vida de milhares de crianças.
Ainda de acordo com Armando Melo, a meta é atingir 80% dos grupos elegíveis até a próxima sexta-feira, 5 de junho. No entanto, apenas 46% da população se vacinaram contra a gripe. “A população está banalizando a imunização. O Estado coordena as ações dando apoio aos municípios, mas é uma via de mão dupla. A população precisa se imunizar”.
Com a prevenção, essa vacina é capaz de reduzir em até 45% os casos de pneumonia e diminuir em até 75% os casos da influenza.
Até agora, apenas os municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo conseguiram atingir a meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS). Além disso, alguns municípios ainda não conseguiram atualizar a situação. Por isso, provavelmente esse número vai aumentar. “Não queremos apenas bater a meta, mas sim que as pessoas estejam imunizadas”, acrescentou o secretário.
Os grupos elegíveis abrangem crianças de 6 meses a 5 anos de idade, gestantes, Puérperas (mulheres que fizeram parto em até 45 dias), os idosos acima de 60 anos, os profissionais da Saúde, profissionais do sistema prisional, as populações penitenciárias e a população indígena.
A lógica que o Ministério da Saúde trabalha é a vacinação antes do início do inverno. Todos os estados estão em uma situação ruim por conta da meta de imunização, informou o secretário.
No Acre, a menor cobertura dos grupos elegíveis é o das crianças. O MS indica que 73 mil crianças devam ser vacinas, mas somente 30.287 mil estão imunizadas. “Eu quero fazer um apelo à população para que levem seus filhos para vaciná-los”, frisou Armando.
A gerente de imunização do Estado, Maria Auxiliadora Leopoldo de Holanda, destaca as medidas tomadas para melhorar o quadro vacinal. “Contamos com a estratégia das equipes volantes, das equipes visitando as casas dos pacientes, indo nas escolas, conscientizando a comunidade. Contamos com o apoio das mídias. É uma questão de saúde pública”.
Para combater as informações falsas de que a vacina causa mal à saúde, a gerente deixa um recado. “Queremos sensibilizar a população para tirar esse mito de que a vacina veio para matar os velhinhos como antigamente. A vacina veio para imunizar e não para causar dano à saúde da população, exceto as pessoas que têm alergia ao ovo de galinha”.