Aquilo que se previa e se temia ao longo dos últimos anos, a Polícia Federal confirmou ontem com essa operação que resultou na apreensão de mais de uma tonelada de entorpecentes e a prisão de diversas pessoas: a tentativa do narcotráfico em fazer do Acre um dos seus “corredores de drogas”.
Aproveitando da posição geográfica do Estado, que o coloca nos limites com um dos maiores países produtores de cocaína, mas, sobretudo, valendo-se da quase completa desguarnição das fronteiras com esses países, era de se supor que os narcotraficantes estabelecessem na região seus tentáculos para chegar aos centros consumidores.
Pelo que foi apreendido, pode até ser que estejam ainda no começo de um plano maior. Porém, já serve para chamar a atenção das várias polícias e das autoridades maiores do Estado e do país sobre os perigos e as graves consequências que este tipo de atividade criminosa representa para a sociedade.
Nem é preciso lembrar que no rastro do narcotráfico vem tudo o que não presta: o crime organizado, a dissolução das famílias e, muitas vezes, como se tem constatado, a corrupção dos próprios agentes públicos.
Por isso mesmo é que se exige das autoridades uma ação mais firme e abrangente no combate constante a esse crime, dando todo o apoio e recursos às várias polícias para enfrentar os criminosos, pelo menos, de igual para igual.