O deputado estadual Jonas Lima (PT), durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, 11, repudiou a simulação de uma crucificação durante a Parada Gay de São Paulo, ocorrida no último dia 7 de junho. O parlamentar classificou o ato como de ‘intolerância dos organizadores do movimento LGBT, contra os cristãos’.
“Sei que é um tema que pode ser polêmico. E não sei se vou ser criticado, mas não estou preocupado com o que possa acontecer. Como cristão, servo de Deus, vou defender a família. O que aconteceu em São Paulo é uma afronta à família. Não defendo placa de igreja. Eu defendo a família e os cristãos”, diz Jonas Lima.
Ele defendeu o fim do financiamento público das passeatas do movimento da diversidade e de todas as festas religiosas. Jonas afirmou que apresentará um projeto de lei determinando que instituições públicas sejam proibidas de patrocinar tais eventos. “O poder público não pode financiar eventos da diversidade e muito menos religiosos”, disse Jonas.
Jonas afirmou que os participantes da parada gay de São Paulo cometeram o crime de atentado violento ao pudor, ao praticarem atos sexuais em via pública. “Se um cidadão urinar na rua, ele é preso por atentado violento ao pudor. Estas pessoas afrontaram toda sociedade ao praticarem sexo em via pública”, frisou.
Para o deputado, o movimento LGBT não representa a vontade da sociedade. “O que o Brasil vai ser daqui a 20 anos, o que vai acontecer com a sociedade, se aqueles que se consideram intelectuais e têm mais poder de trazer bons exemplos para famílias, estão à frente daquela manifestação?”, questiona.
Parada continua, mesmo sem nenhum apoio
O ativista pelos direitos LGBT e presidente da Associação dos Homossexuais do Acre (Ahac), Germano Marino, confirmou que a Parada Gay no Acre, marcada para o dia 28 deste mês, continua de pé. Vai acontecer, mesmo sem apoio. Germano chegou a postar que o evento seria cancelado porque ‘o deputado do PT [no caso, Jonas Lima] mandou fechar todos os apoios para a Parada Gay do Acre’. Mas só foi como uma forma de protesto à atitude do parlamentar.
Em um comentário da sua postagem, o presidente da Ahac afirma que a parada acreana não recebe financiamento desde 2011. “A Parada Gay do dia 28 de junho, nem recurso tem pra ser realizada, estávamos fazendo na marra, sem nenhum tipo de financiamento direto, público, e aí vem uma pessoa prejudicar. Já não basta que no ano passado todas as portas foram fechadas, agora acontece isso”, desabafou.
Germano também disse que ‘outros deputados foram convocados para proibir a manifestação pacífica’ e que a entidade vai se manifestar em forma de repúdio contra a ideia do deputado.