A causa da morte do cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, que sofreu um acidente de carro na BR-153, em Goiás, na madrugada desta quarta-feira (24), foi uma hemorragia interna na região do abdômen, de acordo com o gerente do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, Marcellus Arantes. O cantor foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta manhã.
“Após o exame necroscópico, pudemos observar que ele foi vítima de uma hemorragia aguda provocada por lesões de grandes vasos abdominais”, afirmou o gerento do IML ao G1.
Arantes disse que Cristiano também sofreu um traumatismo craniano encefálico, mas, apesar das lesões e do corpo ter sido encontrado fora do veículo, ainda não é possível determinar se o cantor estava sem cinto de segurança. “Só será possível confirmar isso após a finalização do laudo cadavérico, que deve sair daqui a dez dias. Esse documento é complementar ao laudo da perícia feita no local”, destacou.
Atendimento e morte
Após o acidente, Cristiano chegou a ser levado ao Hospital Municipal de Morrinhos. O médico Renato Martins Bessa, que fez o primeiro atendimento, disse que o quadro de saúde do cantor era grave.
“Ele chegou com sinais de lesão neurológica, decorrente de um traumatismo crânio encefálico. Cerca de 10 minutos depois ele evoluiu para uma insuficiência respiratória aguda, tendo que ser entubado e ventilado artificialmente. Aí fizemos os exames pertinentes e foi acionada a equipe de plantão”, disse.
Em seguida, o cantor foi transferido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel até a capital. “Ele chegou por volta das 4h e, após a estabilização, por volta das 5h, ele foi encaminhado para Gôiania. Esse período foi importante, pois a movimentação com a viagem podia piorar o quadro clínico”, destacou Bessa.
Ao chegar na capital, Cristiano foi levado de helicóptero até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde a morte foi confirmada, às 8h30. Diretor da unidade, o médico Ciro Ricardo de Castro informou que o cantor já chegou sem vida ao local.
“Ele estava em parada cardíaca irreversível já há algum tempo. Assim mesmo foi monitorizado, avaliado, cumprido todo o protocolo do atendimento. Chegou ao hospital sem vida. Agora, tecnicamente, enquanto está no respirador há necessidade de se avaliar. Quando você constata que há morte encefálica, que não há mais circulação nenhuma no cérebro, aí não há mais o que fazer”, explicou.