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Cansados de esperar, caminhoneiros sitiam prédio da Suframa na Capital

Vice-presidente do Sindicato do Servidores da Suframa diz que paralisação vai continuar. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
Vice-presidente do Sindicato do Servidores da Suframa diz que paralisação vai continuar. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

A greve da Suframa já dura 27 dias e segue por tempo indeterminado. Não há avanços nas negociações e os ânimos estão mais tensos à medida que se acumulam caminhões. O descontentamento dos caminhoneiros gera protestos que tentam sitiar a instituição.

O vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa, Renato Santos, esclarece: “O governo mostrou descaso com a região Norte e com os servidores mais uma vez. Não houve sessão conjunta entre os deputados e senadores para deliberar o reajuste fiscal e a previsão é que haja a votação apenas dia 30 podendo ocorrer até a segunda semana de julho”. O que é a justificativa para a continuidade da paralisação.

A liderança sindical da Suframa ressalta que cerca de 40% do efetivo está trabalhando para executar de 35 a 40% da demanda diária. Afirma ainda que, desde o início da greve foi realizado 250 atendimentos em todo estado e que existem mais de 200 carretas aguardando atendimento.

Informação que os caminhoneiros discordam, afirmando que estão sendo atendidos transportadores, concessionárias e outros tipos de empresa, e que esta seria uma manobra de usar o volume acumulado de mercadoria como chave para negociação externa.

O caminhoneiro Amarildo Saran chegou dia 4 com carregamento de cerâmica e está com a senha 210. “Eu não tenho dinheiro, estou sem comer desde ontem, ganho por comissão”, explicou. Depoimento que se soma a muitos outros na mesma situação, que, por isso, decidiram interditar o prédio. A via foi fechada 10h, documentos e carros não estavam entrando nas instalações da Suframa. “Se não vai suframar o meu, não vai entrar papel pra não suframar de mais ninguém”, alegou.

Foram chamadas a Polícia Federal e Polícia Militar, no entanto, até o momento da reportagem não haviam se apresentado no local. “Se a polícia for levar, vai ter que levar todo mundo. E vai ser bom que pelo menos vamos ter o que comer e beber de graça”, manifestou Nilton Andretta, que já está aguardando atendimento há 15 dias.

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