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Empresários vão entrar com mandado de segurança contra a greve da Suframa

Empresário afirma que a greve já prejudica o estoque dele. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
Empresário afirma que a greve já prejudica o estoque dele. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

A Associação Acreana de Supermercados (Asas), juntamente com outros empresários, irá entrar com um mandado de segurança junto ao Ministério Público. A ação é contra a greve dos funcionários da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Os servidores da Suframa deflagraram greve em todo o país por tempo indeterminado no dia 21 de maio. No Acre, há 15 dias os funcionários reivindicam, entre outros direitos, a aprovação do artigo 9 da Medida Provisória 660, referente à estruturação dos salários e vencimentos dos trabalhadores.

Com a paralisação, setores como a indústria e comércio são atingidos. Segundo o empresário Rubenir Guerra, o setor comercial no Estado está sendo prejudicado com a paralisação da Suframa. “Está prejudicando o setor empresarial, principalmente, o setor comercial. Uma carreta que chega em Rio Branco fica uma semana, talvez até mais, para poder fazer a vistoria. Isso atrapalha muito”, afirmou.

O empresário destacou que sua loja de materiais para construção chegou a ficar sem estoque de tinta. “Nossa tinta ficou toda parada lá na Suframa. Nós perdemos com isso, não podemos vender, e o nosso cliente também sai prejudicado, porque tem que fazer um trabalho, ou comprar alguma coisa e não pode”, ressaltou Guerra.

Para o empresário, os servidores da Suframa estão no seu direito de reivindicar, porém, estão causando prejuízos ao comércio da Capital. “Não pode atrapalhar o desenvolvimento das empresas, e é o que está acontecendo. Nós decidimos entrar com essa ação e vamos até o fim, porque um direito nunca pode se sobrepor ao outro”, explicou.

O comércio de Guerra chegou a ter oito carretas paradas na Suframa, cerca de 400 toneladas de produtos. “É um prejuízo muito grande. As carretas começaram a chegar agora, mas elas ficam 10 dias paradas. Uns 10% das relações comerciais estão prejudicadas, no mínimo”, disse.

Há 30 anos no ramo de venda de produtos para construção, Guerra esclarece que a principal reclamação da categoria é de que o comércio e o seu abastecimento estão sendo prejudicados como consequência da greve. “O setor comercial é imprescindível, é primordial, é vital para uma sociedade. Então, não pode atrapalhar o setor comercial, assim como não pode atrapalhar outros setores, principalmente os gêneros de primeira necessidade”, finalizou o empresário.

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