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Greve da Ufac aguarda negociação

Grevistas aguardam reajuste inflacionário de 27,3% referente ao período de 2010 a 2015. (Foto: Odair Leal/ A Gazeta)
Grevistas aguardam reajuste inflacionário de 27,3% referente ao período de 2010 a 2015. (Foto: Odair Leal/ A Gazeta)

A greve da Universidade Federal do Acre (Ufac) já dura 20 dias. Além de faixas, a paralisação é marcada por uma agenda de atividades realizadas pelos manifestantes. Na manhã desta terça-feira, 16, foi realizado bingo, seguido de reunião para análise da conjuntura, a partir de sentença expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último dia 9.

A proposta dos grevistas é de reajuste inflacionário de 27,3% referente ao período de 2010 a 2015. Há ainda reivindicações sobre a democratização, para que, por exemplo, a participação em conselhos seja igualitária entre as partes.

Uma das lideranças, Charles Brasil, afirma que, na quarta-feira, 17, será realizada atividade física com os manifestantes e que está prevista uma assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac), para a próxima terça-feira, dia 23.

A sentença do STJ se refere à greve de 2014. “A greve não surtiu efeito financeiro e o STJ considerou ilegal. No entanto, o ministro Napoleão Nunes estabeleceu prazo até o dia 21 para que o Governo Federal apresente proposta de negociação”, afirma Charles Brasil. Entre as pautas locais, o manifestante destaca ainda o assédio moral à classe de técnicos administrativos.

Os serviços em funcionamento na Ufac são apenas o de fiscalização de contratos, contabilidade, pagamentos, as obras de construção, o atendimento relativo às bolsas universitárias e o Restaurante Universitário (RU).

“O RU é um dos serviços mantidos. Cerca de 500 refeições são realizadas ao dia durante a greve, a média normal é de 2000 a 2500 refeições. No entanto, esse é um serviço necessário, porque é importante para os alunos e há uma grande porcentagem deles, como alunos de zona rural, depende disso para ter acesso à alimentação digna”, ressalta o reitor Minoru Kimpara.

O reitor esclarece ainda que foi feita uma menção de apoio à greve e foi enviado documento ao Governo Federal solicitando que seja aberta negociação imediata. “Não conheço greve que não cause prejuízos. Nós já havíamos feito um planejamento para que fossem realizados 2 semestres em 1, para compensar as perdas do ano passado. Agora vamos esperar concluir para replanejar o calendário acadêmico”, afirma Kimpara.

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