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Greve na Suframa já soma prejuízos de cerca de R$ 100 milhões no Acre

Caminhoneiros que estão com cargas paradas estão usando pneus para fechar a rotatória da Corrente. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

O líder do partido Democratas na Assembleia Legislativa (Aleac), deputado Antônio Pedro, na manhã de terça-feira, 16, destacou os transtornos ocasionados em decorrência da greve deflagrada pelos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) no Acre. Segundo o parlamentar, embora a ação seja legítima, vem ocasionando prejuízos aos empreendedores da Capital.

“São 26 dias de greve e os prejuízos já começam a ser contabilizados pelos comerciantes, que não conseguem receber suas mercadorias. Sem contar que daqui a uns dias terão que começar a pagar as duplicatas dos produtos comprados, sem sequer ter colocado nas prateleiras de seus estabelecimentos para venda”, disse Antonio Pedro.

Ele ressaltou que, segundo informações do presidente da Fecomercio, Leandro Domingos, os prejuízos já somam cerca de 100 milhões somente no Acre.

O líder político frisa ainda, que o movimento também tem gerado transtornos aos caminhoneiros. “Mais de 200 carretas estão paradas na Suframa por conta da greve. Enquanto não se chega a uma resolução, os caminhoneiros fazem fila em frente à sede da autarquia em Rio Branco, porque estão impossibilitados de entregar as mercadorias. Muitas pessoas estão sendo afetadas com esta ação”, falou.

O parlamentar conclamou a bancada federal e senadores acreanos a intervir na situação. Isso porque, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sind-frama), Renato Santos, afirmou que os grevistas só retornarão as atividades na autarquia quando o veto da Medida Provisória 660, referente ao Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores, for derrubado em Brasília.

“O vice-presidente Sindframa disse que uma das condições para que os servidores voltem ao trabalho seria a derrubada dessa Medida Provisória que trata sobre os PCCR dos servidores. Caso o veto não seja derrubado, a greve seguirá por tempo indeterminado. Isso acarretará para que os parlamentares possam estar se reunindo com os servidores da Suframa para encontrar uma forma viável para solucionar o impasse”.

Novo bloqueio – Ontem de manhã, por volta das 9h30, caminhoneiros que estão há mais de 15 dias com as cargas paradas realizaram uma nova interdição na rotatória da Corrente, na BR-364. Eles fecharam a via de novo por hora, devido aos poucos atendimentos no dia por parte dos servidores da Suframa. Eles afirmaram, ainda ontem, que o bloqueio em um dos principais trechos de entrada/saída da cidade será por tempo indeterminado.

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