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HSBC anuncia que vai vender unidades e quase encerrar suas atividades no Brasil

Na manhã de ontem, 9, o banco britânico HSBC, anunciou que irá vender unidades e encerrar quase todas as suas atividades no Brasil e na Turquia, até 31 de dezembro deste ano. No caso do nosso mercado, o banco ainda pretende manter uma participação que considera “modesta”, atuando apenas com grandes clientes corporativos.

Estas mudanças fazem parte do plano de reestruturação da instituição financeira que pretende economizar 4,5 bilhões de dólares até 2017. A outra parte do plano foca as ações na Ásia, principalmente na China e Índia.

A reestruturação da instituição também deverá reduzir o quadro de funcionários em 50 mil pessoas, sendo que destas aproximadamente 25 mil serão cortadas das unidades no Brasil e na Turquia. A instituição informa que necessariamente esses funcionários não serão desligados, mas passarão a fazer parte da empresa que comprará as operações da HSBC, nestes países.

Michele Juca, professora de finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie, faz uma análise da situação e explica a relação de forças para a aquisição dos ativos do HSBC no Brasil.

“Atualmente, o HSBC é a sexta maior instituição do sistema financeiro nacional, com um total de ativos de R$ 168 bilhões. A venda de seus negócios no Brasil e na Turquia faz parte de uma estratégia maior de concentração de suas operações na China e Índia”, ressalta.

Para a especialista, a organização pretende transferir sua sede de Londres para a Ásia com intuito de consolidar sua presença na região.

No Brasil, três bancos estão participando do processo de aquisição do HSBC.

“O Bradesco ofereceu R$ 10 bilhões (USD 3.1bn), enquanto que o Santander ofertou R$ 9 bilhões (USD 2.8bn) e o Itaú Unibanco R$ 8 bilhões (USD 2.5bn). Para o Bradesco, a aquisição é ainda mais estratégica, uma vez que ele teria a oportunidade de aproximar seu total de ativos (R$ 883 bilhões + R$ 168 bilhões = R$ 1,051 trilhões), ao do Itaú Unibanco (R$ 1,117 trilhões) e ao da CEF (R$ 1,064 trilhões), passando a deter mais de 14% do total do mercado financeiro nacional. Esse valores de ativos referem-se à data-base de 31/12/2014”, afirma. (Assessoria Comunicação Instituto Presbiteriano Mackenzie)

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