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Jorge Viana é recebido por Dilma em audiência sobre reforma política

Reunião com Dilma ocorreu no Palácio do Planalto. (Foto: Assessoria Parlamentar)
Reunião com Dilma ocorreu no Palácio do Planalto. (Foto: Assessoria Parlamentar)

O senador Jorge Viana esteve na manhã desta quinta-feira, 25, em reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para tratar da reforma política. Ele, como presidente da comissão especial do Senado instituída nesta semana para discutir esse tema, participou da audiência ao lado do presidente do Senado, senador Renan Calheiros, o relator da comissão, senador Romero Jucá, e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Antes da reunião com a chefe do Executivo, os senadores já haviam se encontrado com representantes do Judiciário. Na quarta-feira, 24, a Comissão Especial da Reforma Política foi recebida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowsky, e na terça-feira, 23, um jantar reuniu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Tóffoli, os ministros do STF com assento no TSE, Luiz Fux e Gilmar Mendes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

O senador Jorge Viana disse que a presidente Dilma se demonstrou entusiasmada com a conversa. “Ela disse que renova sua confiança de que a Câmara e o Senado possam encontram um caminho para fazer a reforma política possível, que traga algo de substância e que dê satisfação à opinião pública”, declarou o senador.

À tarde, em discurso no plenário, o senador destacou ainda que o Senado vai trabalhar além da apreciação das matérias que estão sendo votadas na Câmara. “Essa é uma obrigação nossa, mas muito da reforma que acreditamos ser possível, será feita por lei ordinária, trabalhando nas propostas que são infraconstitucionais. Basicamente, agrupando todas as ideias que possam tirar esse alto custo, essa afronta que é a presença econômica e financeira das campanhas”, defendeu.

De acordo com o presidente Renan Calheiros, o Senado irá ouvir os demais poderes da República, instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ex-presidentes do país, além da própria sociedade para buscar o modelo mais adequado de reforma política.

Para Jorge Viana, o consenso e o trabalho suprapartidário devem prevalecer no trabalho da comissão. “Não podemos ter reforma se não construirmos um ambiente de entendimento, estabelecendo temas que de fato possam valorizar e moralizar a atividade política. A democracia representativa está hoje sob suspeição permanente. Não tenho dúvida de que se fizermos uma reforma, boa parte dessa crise envolvendo financiamento de campanha, de partidos, certamente deixarão de fazer parte do dia a dia de nosso país”, defendeu.

 Comissão
O primeiro encontro formal de trabalho da Comissão Especial da Reforma Política está marcado para a próxima terça-feira, 30. O relator do grupo, Romero Jucá, disse que a partir daí as reuniões serão diárias, sempre no começo da tarde. Ainda segundo Jucá, tão logo as propostas sejam aprovadas na comissão, elas serão encaminhadas para votação no Plenário do Senado. (Assessoria Parlamentar)

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