O governador Tião Viana lançou na tarde de quarta-feira, 10, a pedra fundamental do Laboratório de Pesquisa em Biologia Molecular, que será construído nas dependências do Hospital das Clínicas, em Rio Branco. O laboratório é uma doação da Fundação Merieux, da França, engajada em levar investimentos em saúde para regiões em que haja a necessidade desse tipo de pesquisa, no valor de um milhão de euros.
Laboratório molecular é um espaço de estudo do DNA dos vírus, realizando exames e pesquisas de alta complexidade, que no Acre servirá principalmente para o estudo das hepatites virais. “É uma conquista única para a região da Amazônia, pois estamos caminhando para o laboratório molecular mais moderno do Brasil, numa parceria de quase cinco anos com a Fundação Merieux. É uma doação importante, principalmente para o estudo das hepatites, e nossa expectativa é de que tudo esteja pronto até dezembro”, conta o governador Tião Viana.
Só a obra custará R$ 2,2 milhões, num espaço de 947 metros quadrados. Além de ser construído com recursos da Merieux, ele ficará sob a administração da fundação por cinco anos servindo ao Acre. Após esse período, o laboratório será doado ao Governo do Estado.
“O Acre é o último Estado do Brasil a não ter um laboratório desse tipo. Faremos diag-nósticos de doenças típicas da região amazônica que ajudarão médicos e pacientes. Além disso, faremos formação de pessoal das áreas de laboratório, biomédicos, farmacêuticos e químicos que trabalhem com os tipos de materiais empregados aqui”, destacou o diretor da Fundação, François Xavier.
Raimundo Paraná
Um dos nomes bastante lembrados durante o lançamento da pedra fundamental do laboratório foi o do médico especialista em infectologia Raimundo Paraná, co-autor do doutorado do governador Tião Viana. Parceiro do Acre de longa data, ele é professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e foi fundamental para a conquista desse laboratório.
O também médico infectologista Thor Dantas, ressalta: “O Paraná foi até a França prospectar esse apoio. Uma instituição como a Fundação Merieux recebe propostas como essas do mundo inteiro. Então é preciso que eles acreditem nesse projeto para que coloquem o dinheiro deles. E o Paraná nos ajudou nisso – ele foi lá, disse que aqui era viável, que aqui teríamos condição de ter um laboratório desses, e agora estamos sendo contemplados”. (Samuel Bryan / Agência Acre)