Com o objetivo de mobilizar mais professores e servidores da educação para aderirem aos protestos da greve, a manhã desta segunda-feira, 29, foi marcada pela formação de grupos, que têm a missão de percorrer as escolas estaduais, ampliando o diálogo com a categoria.
Apoiados por um carro de som, que circula por toda a área central, na terça-feira também segue o planejamento de fortalecimento do movimento para a Marcha da Greve, que será realizada na quarta-feira, dia 1º.
A convocação grevista quer alcançar também os alunos, a fim de se posicionarem a favor da causa dos professores e reforçar o montante da marcha. Assim como avisar aos pais, de que a greve continua. Ação que estava sendo realizada no Colégio Estadual Barão de Rio Branco (CEBRB).
O movimento sindical promete a vinda de caravanas dos municípios e esclarece que o trajeto se encerrará no Terminal Urbano, com um possível acampamento. A concentração será na esplanada do Palácio do Governo, no centro de Rio Branco, passando pelo gabinete civil até o desfecho programado.
Alegando 56% de adesão e uma defasagem salarial que remete a 2012, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, ressalta: “O governo faz propaganda da boa educação do Acre e é tudo mentira. O comparativo salarial, em relação aos outros estados comprova isso. O piso para 30h do Acre está em 11ª lugar, pagando R$ 2.010,00. Os melhores salários são os pagos em Brasília R$ 3.603,00, seguidos por Maranhão e Roraima”, mostra a pesquisa com dados organizados em tabela.
A liderança denuncia ainda a pressão sofrida dentro das escolas: “Dizem que somos livres para participar da greve, mas quando um colega resolve ir, falam que vão cortar o ponto. Estamos recebendo muitas denúncias. Temos que lutar contra o governo e contra os próprios colegas que estão tendo esse tipo de postura”.
Por fim, Rosana destaca que não houve novas reuniões e negociações com o governo do Estado. “Eles falam que com a última puladinha – progressão contratual- que houve em maio à situação foi resolvida, mas a greve continua pra mostrar que não”.