O abandono a que os indígenas do Estado do Acre ficaram sujeitos por parte de Instituições governamentais e não governamentais fazem com que famílias inteiras abandonem suas terras e passem a morar nas periferias dos municípios do Estado do Acre, ou até mesmo a margem dos rios que os levam as suas terras, onde abundancia é tão somente de doenças, falta de escolas e toda espécie de mazelas.
Ao engrossarem o cinturão de miséria nas periferias das cidades, os indígenas ficam sujeitos a todas as consequenciais de se viver em locais sem a menor estrutura de habitação e somada ao desemprego e falta de oportunidades, mais uma vez eles fazem parte do número macabro da estatística de vítimas de violência na maioria das vezes praticadas por parentes ou indígenas de etnias diferentes, mas de realidades iguais.
Na noite de terça-feira (23) o jovem indígena Adriano Baltazar Silva Kaxinawá, 19 anos morador da rua Simão Leite Damasceno, Bairro da Praia matou a golpe de faca, o também indígena Armando Sereno Kaxinawá, 25 anos, residente na Aldeia Praia do Carapanã, Rio Murú no município de Tarauacá, distante cerca de 450 quilômetros de Rio Branco.
De acordo com informações, a motivação para o crime foi a intolerância do indígena mais jovem com a bebedeira de Armando e a insistência em acusar Adriano de ter sumido com a bolsa e documentos de Baltazar.
Revoltado com a acusação e insistência Adriano de posse de uma faca desferiu um único golpe. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital daquela cidade, mas morreu minutos depois.