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Delegacias estão superlotadas e não há vagas em presídios

Todos os dias, pessoas são presas em Rio Branco, com incidência maior no início dos finais de semana ou durante ocorrência  de grande proporção, como as realizações  de operações  policiais.

A polícia passou a conviver com uma situação que não  é  dela, mas que reflete diretamente nas atividades policiais: a superlotação  das celas nas delegacias. Com isso, não há para onde transferir presos que deveriam ser conduzidos para as unidades prisionais de Rio Branco, também por conta da falta de vagas.

As delegacias estão  sem espaço para receber presos flagranteados. A solução provisória  é a constante transferência dessas pessoas de uma delegacia para outra. “O fato é  que existem horários, principalmente os noturnos, que passamos a noite circulando de uma delegacia para outra distribuindo preso. Onde tem uma vaga deixamos dois ou três,  caso contrário, seríamos obrigados a soltar e responder por crime de prevaricação”, afirmou o delegado  Jarlen Alexandre, titular da Delegacia Central de Flagrantes (Defla).

As declarações do delegado  preocupam mais ainda quando ele afirma que a delegacia especializada, que deveria manter uma pessoa presa por 24 horas, período de tramitação  de um flagrante,  atualmente, é obrigada a permanecer com os presos por até quatro dias. Isso faz uma espécie de movimentação física nos presos ao obrigá-los a entrar em uma viatura e rodar pelas delegacias da cidade em busca de vagas que não existem.

“A Defla possui cinco celas, dessas, uma está desativada por falta de condições. Das quatro restantes, três foram destinadas a presos homens e uma a todas as mulheres. Os presos aqui são privados dos direitos básicos como o banho de sol e visita de parentes. Não temos condições físicas e nem logística para manter esses presos, mas ninguém  toma providência efetiva”, desabafou Jarlen Alexandre.

Conclusão  de reforma  de pavilhão está prevista para 90 dias
A administração do presídio Martin Hessel informou que as reformas do pavilhão A e feminino devem abrir 318 vagas, sendo 169 para provisórios e 149 para mulheres. Porém, adiantaram que as obras de reforma desses pavilhões estão  previstas para um período entre 60 e 90 dias.

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