
A Polícia Federal do Acre e do Paraná desencadearam nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 18, a Operação Iaco. A ação foi realizada nas cidades acreanas de Epitaciolândia e Brasileia (que fazem fronteira com a Bolívia), Assis Brasil (fronteira com o Peru) e Rio Branco.
De acordo com informações do delegado Leandro Robeiro, da especializada de Repreensão a Entopercentes (DRE) da Polícia Federal no Acre, foram expedidos 50 mandados de busca e apreensão. Destes, 14 pessoas foram presas em flagrante. Elas teriam envolvimento no tráfico de mais de 1 tonelada e 300 quilos de drogas apreendidos no Estado nos últimos tempos. Também foram apreendidos: cinco carros, uma moto, uma metralhadora e mais de 6 mil dólares americanos (ou cerca de 20 mil reais).
Segundo informações, a Operação Iaco aconteceu simultaneamente nos estados do Acre e Paraná e alcançou o objetivo maior, que foi a prisão de um dos líderes da quadrilha. Ele seria um empresário paranaense.
A investida contou com a participação de 130 agentes da Polícia Federal.
Quadrilha com ramificação no Acre
Segundo a investigação da PF, a quadrilha usava o Rio Iaco como rota fluvial para transportar a droga. Por isso que a operação teve tal nome. Em seguida, o entorpecente era levado até Rio Branco, de onde era enviado para outros estados. O Paraná era o principal destino.
Bando possuía um único fornecedor e rota específica
Embora toda a droga chegasse ao Acre através do mesmo fornecedor, um peruano, a quadrilha traçou uma rota diferenciada, que saía do Peru e Bolívia e já não utilizava mais a BR-317 como corredor principal. O caminho era o Rio Iaco. No meio do percurso, os narcotraficantes recrutavam ribeirinhos para o transporte da droga.
Em Rio Branco, os entorpecentes eram distribuídos tanto para consumo interno, em pelo menos 20 pontos de tráfico na cidade, quanto ia para o despacho no Paraná.
O principal fornecedor e articulador da logística de rota da Bolívia e Peru até a passagem fluvial foi preso, como também os distribuidores na capital acreana e o empresário do Paraná.
Os presos foram indiciados por crimes de: tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico de drogas e uso de armas de alto poder de fogo. A pena mínima pode chegar a 15 anos de reclusão.