O vice-presidente do Senado da República, Jorge Viana (PT-AC), comentou sobre a primeira semana de votação da Reforma Política, na Câmara Federal. Segundo o senador, o parlamento brasileiro erra ao não proporcionar uma reforma que efetivamente aperfeiçoe os mecanismos de representação popular.
Jorge Viana lamentou a possibilidade da Câmara dos Deputados votar projetos que podem piorar o modelo vigente. Para ele, o parlamento brasileiro perde a oportunidade de resgatar uma imagem positiva perante a opinião pública.
“É o pior dos mundos. Não fazer nada no caminho da reforma política é dizer, por outras palavras ou por esse gesto, que defendemos a situação em que nos encontramos. É dizer que defendemos uma situação que está levando à desmoralização da atividade político-partidária.
Para o petista, o processo eleitoral vem se desmoralizando ao longo dos últimos anos, portanto, ele considera ser fundamental a realização de uma reforma séria, de modo a resgatar a atividade política, impedir a corrupção e punir os que descumprirem a lei.
“Lamentavelmente, o nosso país vive um momento de quase desmoralização da atividade política. Quem ganha [a eleição], ganha sob suspeição; quem perde, acha que perdeu porque houve fraude. E as eleições não têm fim, são judicializadas. Quem ganha, assume e depois é cassado e a população, os eleitores, que são a essência, a base da democracia representativa, ficam em dúvida se valeu a pena participar do processo eleitoral – desabafou o senador”.
Por fim, o senador frisa que a popularidade do parlamento deveria ser colocada em xeque pela sociedade, da mesma forma como fazem com a presidência da República. “Todos falam que a popularidade da Presidenta caiu muito. É verdade. Mas ninguém se pergunta qual é a popularidade do Senado e a Câmara perante o povo brasileiro. É muito pior do que a da presidenta Dilma”.