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A Ufac progride por méritos de uma maioria

Importa registrar que o salto de desenvolvimento alcançado pela Universidade Federal do Acre é devido aos esforços de um grupo de pessoas que vive, na realidade, o dia a dia da Instituição, os seus problemas e as soluções sempre possíveis, posto que pensadas, trabalhadas, muito acima das querelas e bem ao largo das ilações e insinuações sem fundamento que bem poderiam não existir, mas existem.

O crescimento físico se dá a olhos vistos e de uma forma bem mais rápida. Todos veem que as instalações estão mais equipadas e muito melhoradas. Mas, por outro lado, é preciso observar que o desenvolvimento das consciências, a melhor formação dos professores, a instituição de cursos de pós-graduação, são aspectos que demandam um certo tempo para que o produto final apareça, ou seja verificado na sua concretude.

Não adianta forjar ou desvirtuar os fatos. É um erro crasso induzir a sociedade a um entendimento distorcido da realidade. Os investimentos feitos pela Universidade são todos muito bem aplicados, levando-se em consideração, principalmente, que os órgãos de controle do Governo Federal estão sempre atentos e nada é feito sem a anuência dos poderes constituídos.

Em verdade, a concepção sobre investimentos em ensino, pesquisa, extensão e gestão administrativa é muito mais ampla em termos conceituais. Há itens que podem ser tidos como irrelevantes, quando na realidade não o são. Os gastos com limpeza, segurança e pessoal, por exemplo, são indispensáveis ao bom funcionamento da Instituição, e não adianta ir de encontro ao que sugere a razão.

Todo o investimento em infraestrutura promovido pela Ufac é diretamente vinculado à melhoria da qualidade do ensino. Toda e qualquer melhoria verificada nas salas de aula, hoje modernizadas, climatizadas, com telas de projeção e projetores, o que invariavelmente acarreta gastos em energia, melhora as condições de oferta dos cursos, propiciando um ambiente mais adequado e confortável aos alunos e professores, os sujeitos ativos do processo de ensino-aprendizagem.

Importa destacar a responsabilidade da administração na manutenção predial, o que evita a depreciação dos prédios públicos. Tais gastos são indispensáveis para o bom funcionamento da Instituição no exercício de sua missão. Observemos o que poderiam dizer os querelantes se um ou outro prédio estivesse deteriorado. Seria desmazelo, claro.

É conveniente deixar claro que o alcance dos gastos da Universidade está relacionado à sua expansão e à melhoria das condições de oferta do seu serviço à comunidade. Se crescemos mais, haveremos de gastar mais, até porque a dinâmica da vida real assim o exige.

Nos últimos três anos, por exemplo, a Ufac investiu mais de R$ 7,2 milhões na compra de equipamentos, recuperação de laboratórios e na construção de novos espaços para o desenvolvimento da pesquisa e da extensão nos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Os recursos foram alocados para garantir o desenvolvimento da pesquisa universitária nos cursos de graduação e pós-graduação da Ufac.

Some-se a isso, a construção de novos blocos de salas de aula para a graduação, mestrado e doutorado e a manutenção dos espaços já existentes. Foram feitos investimentos na reforma e estruturação da Biblioteca Central que chegam a R$ 3,4 milhões, dos quais R$ 2,5 milhões foram destinados à compra de livros, num total de 20 mil exemplares. Está em curso a reforma do Restaurante Universitário. (Enfatize-se que a ampliação do espaço não prejudica nenhum manan-cial, porque as instalações do RU estão sendo erguidas exatamente no mesmo espaço da antiga estrutura do Restaurante Universitário.) Cumpre registrar o atendimento com refeições diárias a mais de 1.200 pes-soas; construção dos quiosques, buscando atender servidores e estudantes com ambientes mais amplos e higienizados. Importante frisar que o gasto com limpeza da piscina constitui um investimento no laboratório do curso de Educação Física, essencial ao desenvolvimento das atividades curriculares dos estudantes e professores do referido curso.

Importa registrar ainda a construção da Unidade de Ensino e  Pesquisa em Medicina Veterinária Mário Alves Ribeiro, que atende os cursos de Medicina Veterinária, Agronomia e Biologia. A unidade possui seis laboratórios: reprodução, análises clínicas, parasitologia, patologia, microscopia e histopatologia.

Foi erguida, ainda, a Unidade de Experimentação Agrícola da Universidade Federal do Acre, conhecida como “Horta”. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 900 mil em serviços de irrigação, cercas, iluminação, pintura, limpeza total da área e revitalização do açude. A nova horta também ganhou cinco estufas de 420 metros cada, para desenvolvimento de experimentos ligados aos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Ciências Biológicas e Medicina Veterinária. O espaço atende, ainda, as pós-graduações em Produção Vegetal, Ciência, Inovação e Tecnologia e Sanidade e Produção Animal.

Os gastos com pessoal constituem fator primordial, uma vez que, à medida que a Universidade se expande para atender cada vez mais e melhor a sociedade, mais contratações são necessárias para a oferta dos serviços dos cursos. Desta maneira, o gasto com pessoal está intimamente ligado a investimentos no ensino, na pesquisa e na extensão, com a contratação de docentes efetivos e substitutos, bem como de técnicos administrativos.

No tocante aos açudes, é importante salientar que nenhum deles foi criado na atual gestão. O que foi realizado foi um trabalho de limpeza com a retirada de toneladas de lixo que estava jogado, o que impedia a visualização dos espaços.

São oportunos os esclarecimentos acima. A sociedade o merece. O que não condiz com a verdade é as pessoas serem levadas a conclusões absurdas em relação ao que significam investimentos em ensino, pesquisa e extensão. A Universidade Federal do Acre preza pela transparência e pelo compromisso com a verdade.

*Autor de O INVERNO DOS ANJOS DO SOL POENTE, romance, à venda nas livrarias Paim e Nobel.

Categories: Cláudio Porfiro
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