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Após aumento do dólar, população acreana opta por rotas nacionais

 Mês de julho é mês de férias, época de descansar e viajar. Para as companhias aéreas e agências de turismo é alta temporada, mês de aumentar as vendas e dobrar o faturamento. Porém, com a crise que o país está vivendo, e o aumento do dólar, custear uma viagem de férias para a família não tem saído barato para o bolso do brasileiro.

Com o aumento do dólar, a população acreana têm deixado rotas internacionais como Peru e Argentina, e optado pelas rotas nacionais, principalmente para a região nordeste do país. Segundo o gerente geral de vendas de uma agência de turismo, Sidney Bruno, as vendas de rotas internacionais caíram significativamente no primeiro semestre desse ano, porém a empresa buscou alternativas e fez parcerias com companhias aéreas, assim o clientes conseguem adquirir passagens com valores mais ‘suaves’. “Conseguimos baixar a tarifas dos passeios, dos aéreos, mas ainda assim houve uma queda nas vendas”, disse.

O gerente destaca que outra rota procurada é a Europa, com a moeda estável, a população tem procurado devido ao custo benefício. “O euro tem um valor constante, antes a Europa era pouco procurada pelo valor da moeda, mas hoje é quase equivalente ao dólar”, comentou.

Bruno explica que a empresa tem focado em outras rotas nacionais, por exemplo, para o nordeste. Para ele a procura é muito grande essa época do ano. “O roteiro mais procurado pelo acreano é Fortaleza. É o primeiro lugar disparado! As pessoas vão sempre, quem foi uma vez, duas, não quer ir para outro lugar. Lá existe uma série de atrativos, lazer, entretenimento, tem muitos shows de humor, o maior complexo aquático da América Latina, um povo acolhedor e praias muito bonitas”, destacou o gerente.

Com valores promocionais, o gerente garante que a empresa consegue pacotes para Fortaleza de até R$ 1.600 por pessoa, com passagem aérea ida e volta, hospedagem e café da manhã. “Nós parcelamos em até 10 vezes, fica uma parcela de R$ 160”, completou.

“Aeroporto em manutenção, os voos só são a noite, não tem vaga e os preços estão altíssimos”.

O relato da gerente geral de uma agência de turismo tradicional da cidade, Marilene Rios, se reflete na estrutura da agência, estabelecimento completamente vazio, não havia clientes. Segundo a gerente geral, a queda nas vendas no mês de julho foi entre 40% e 50%. Fatores como a reforma do aeroporto, a crise do país, o aumento do dólar influenciaram diretamente na queda das vendas.

Marilene explica que com a reforma do aeroporto o numero de voos diários caiu para um voo por companhia aérea. Além disso, com a redução dos voos faltam vagas e os valores aumentam. “Por exemplo, para Porto Velho (RO), amanhã [quinta-feira], está R$ 2 mil. Para Brasília vários dias você não encontra vaga. Então como você vai sair daqui? Acaba não saindo, tem 30 dias que é o período de férias, você não consegue se programar para ir e voltar”, contou.

A Gazeta do Acre: