Com a inflação atingindo a marca de 8,89%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o momento é planejar os gastos financeiros e pesquisar muito na hora de comprar, orienta o economista, Carlos Estevão. O índice divulgado nesta quarta-feira, 8, é foi o mais elevado desde dezembro de 2003, quando chegou a 9,30%.
Esses números podem não representar muita coisa no dia a dia da dona de casa ou do funcionalismo público, mas quem não nunca reclamou do preço da cebola ou da gasolina? Pois a inflação atua nesses itens e alguns provocam uma reação em cadeia provocando um aumento no preço de tudo que se é consumido.
De acordo com o economista e professor da Universidade Federal do Acre, Carlos Estevão, o aumento já era esperado, por conta das políticas econômicas que vem sendo executadas pelo governo federal.
“O ajuste fiscal prejudica principalmente os trabalhadores. A dívida pública (interna e externa) é o grande problema do Brasil e a política econômica trabalha para pagar os juros. Por isso, que diante desse cenário é importante pesquisar muito antes de comprar e fazer o pagamento à vista, já que a taxa de juros também está muito alta, para usar o parcelamento no cartão de crédito, por exemplo”, explicou o economista.
O IPCA é o indicador oficial do governo para aferição das metas inflacionárias. O índice mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre um e 40 salários mínimos mensais.
Em Rio Branco é possível perceber a variação de preço de um mesmo produto de até 15%, ressaltou o economista. “Por isso, quanto mais pesquisar, melhor resultado terá na hora de fechar o negócio”, confirmou.
Durante toda a semana, a alta do dólar na bolsa de valores tem assustado quem vai viajar e quem precisa importar produtos. Até o fechamento desta edição o dólar atingia a marca de R$ 3,22.
“Para quem exporta o momento é excelente. Já para quem importa e quem se planeja uma viagem ou a comprar de produtos com a moeda americana pode sentir no bolso um forte impacto”, falou Carlos Estevão.
Em junho, ficou em 0,79%, acima da taxa de 0,74% registrada no mês de maio. Com este resultado o primeiro semestre do ano fechou em 6,17%, mais do que os 3,75% do primeiro semestre de 2014, registrando a taxa mais elevada para o período de janeiro a junho desde 2003 (6,64%).