Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Ex-presidente Lula destaca que crise no País não é culpa da Dilma

O ex-presidente Lula voltou a tecer comentários sobre o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Com uma postura diferente, o líder político saiu em defesa da chefe de Estado e afirmou que conjuntura externa é a responsável pela crise econômica na qual enfrenta o Brasil atualmente.

Após reconhecer que o País vive um momento difícil, Lula assegurou que a presidência irá contornar a situação. “Quando comparamos que a coisa não está boa, comparamos conosco, mas a gente tem que comparar com o país que nós herdamos. A crise no País não é responsabilidade da Dilma, porém, ela terá que contornar essa situação. 2015 será um ano difícil para o país e a presidente deve conversar com o povo sobre as dificuldades e perspectivas”, falou.

O petista voltou também a defender os avanços conquistados ao longo dos últimos anos. “Não há espaço nesse país para negativismo. A gente tem que olhar para aquilo que a gente era e para isso que a gente é hoje. Se a gente está com problemas, as medidas já foram tomadas pra solucioná-los”, disse.

Lula criticou a conduta insultuosa de uma parcela da população contra a atual presidente. Ele afirma que para cobrar ações de líder político não precisa ser realizado através de ofensas.

“Ser exigente é ir pra rua cobrar, não é ficar falando palavrão contra a presidenta ou qualquer outra pessoa. Não é pichar o muro do Jô Soares. Cadê a tolerância? Cadê a democracia? Cadê o respeito?”, indagou.

Ele frisou que o mau humor contra o PT não é gratuito. “Tem gente que dá a notícia mais negativa possível para tentar desestabilizar o governo e criminalizar o PT e as esquerdas”, afirmou.

O ex-presidente falou também sobre a Petrobras. Na ocasião, ele criticou o projeto de lei 131, de autoria do senador José Serra, que pretende modificar o marco regulatório de exploração do pré-sal, retirando a obrigatoriedade de participação mínima de 30% da Petrobras nas licitações.

Segundo Lula, o projeto possibilitará a entrada de multinacionais no setor e poderá comprometer o Fundo Social, criado durante o seu governo e que destina recursos dos royalties do pré-sal para saúde e educação. o projeto está previsto para ser apreciado nesta terça-feira, 7.

“Essa gente vem dizer que é necessário acabar com o regime de partilha a troca do que? De trazer empresas multinacionais pra fazer aquilo que a gente tem competência? Enquanto é motivo de orgulho no mundo como a empresa que mais investe em tecnologia, eles dizem que a Petrobras não tem capacidade? Qual é a empresa que tem mais capacidade que a Petrobras? Essa gente está deixando prevalecer o complexo de vira-lata que uma parte da elite brasileira teve historicamente”, opinou.

Por fim, ele pediu à oposição que aceite a derrota nas urnas e passa a trabalhar em favor do país. “Ganhamos as eleições numa disputa aguerrida e agressiva, a sociedade brasileira deu a vitória à presidenta Dilma e nossos adversários parecem que não querem aceitar o resultado até hoje. Ninguém perdeu mais eleição do que eu e todas às vezes acatei o resultado, eles resolveram não acatar. Nunca vi tanta agressividade à instituição Presidência da República como estou vendo agora”, disse.

 

 

Sair da versão mobile