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AÇÃO SARAH: Família transforma dor em estímulo para ajudar crianças carentes

Dejane guarda com carinho as recordações de Sarah. (Foto: Bruna Lopes/ A GAZETA)

“Da mais profunda escuridão, ao perder minha filha, percebi que posso fazer a diferença na vida de outras crianças. A partir disso, nasceu à ideia de criar a Ação Sarah”, lembra Dejane Rodrigues, mãe da pequena Sarah Teixeira Rodrigues, que faleceu aos nove anos de idade no dia 20 de outubro de 2011, vítima da queda de uma caixa d´água que caiu no quarto enquanto ela dormia.

A partida repentina de Sarah afetou a família inteira. “Todo dia é diferente. Mas, no início foi muito difícil. Ela era muito carinhosa, esperta e solidária. Foram nove anos de convivência muito intensa. Um ano após a morte dela, senti que precisava fazer algo para manter a memória dela viva mais do nunca”, explicou emocionada a idealizadora do projeto.

“Quando falei do projeto, a família e amigos abraçaram a ideia. Depois que apresentamos o projeto para os parceiros a adesão é quase certa. Sarah tinha dessas coisas. Conquistava todo mundo que tinha contato”, recordou Dejane.

Ação Sarah parte do princípio de que a arte é um dos melhores caminhos para se alcançar a qualidade de valores morais e educacionais. Por isso, no sábado, 18, das 9h às 12h, no Conjunto Laelia Alcântara, Rua Jerusalém bairro Calafate ocorre a primeira edição de uma série de ações planejadas para acontecer.

O dia 18 de julho, não foi escolhido por acaso. Essa era a data do aniversário de Sarah. “Os outros aniversários, sempre comprava uma boneca. Porque ela era maluca por bonecas. Percebi que com o tempo não teria onde guardar tantas bonecas. Foram essas percepções que embasaram a minha decisão de fazer a Ação e teria que ser no dia do aniversário dela para que outras crianças pudessem ter um dia feliz”, falou Dejane.

Compõe a programação uma série de atividades envolvendo esporte, lazer, saúde, promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, democracia e de outros valores universais.

Na ocasião serão distribuídos cachorros quentes, pipocas, além de brincadeiras, cortes de cabelos e pula-pula. Tudo de forma gratuita.

A casa onde ocorreu o acidente que vitimou a pequena Sarah deverá se tornar uma sede para gestão das próximas edições do projeto. “Após o acidente, nunca mais voltei para aquela casa. Não tive coragem. Mas, percebo hoje, que o lugar onde a Sarah nasceu e se criou é ideal para formamos nossa sede. É o lugar que ela foi mais feliz. Não poderia ser em outro lugar”, destacou a mãe.

Transformação social  através de projeto de dança clássica
“Sarah adorava dançar. Vivia dançando. Jazz, sapateado ou hip hop. Ela sabia mexer o corpo. Por isso, estamos colocando em prática o Projeto de Dança. Que visa oferecer para crianças carentes aulas de balé clássico. Conseguimos o espaço, a professora e as 40 crianças”, comemora Dejane.

O desafio agora é conseguir o vestiário de bailarina para as alunas. “É para isso que pedimos a colaboração dos nossos parceiros. Estamos aceitando doações de roupas ou se cada um pudesse adotar uma ou mais bailarina para arcar com as despesas de um ou mais itens que compõe o vestiário seria um incentivo grande para que elas tenham a oportunidade de vivenciar essa experiência e construir um futuro diferente”, almeja Dejane.

Os itens indispensáveis para uma pequena bailarina são: Collant, meia calça e sapatilhas. “A cultura é base para a construção da identidade de um povo, seja de forma religiosa, lúdica ou performática, expressada através de manifestações culturais em diversas áreas como música, esportes e dança. Baseado nesses princípios, entendemos que a dança pode contribuir significativamente para a construção de uma sociedade mais justa, facilitando a inserção de valores morais e éticos, pilares para formação de qualquer indivíduo”, destaca Dejane.

Quem quiser conhecer mais sobre o projeto ou ajudar de alguma maneira é só entrar em contato com os responsáveis através do número de telefone 9915-6492.

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