Estudantes da rede estadual de ensino se reuniram na tarde de quarta-feira, 15, no Centro de Rio Branco, para pedir o fim da greve, deflagrada há 29 dias pelos professores e funcionários de diversas escolas.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por meio da assessoria, que o ano letivo não será prejudicado. Segundo a Educação, haverá reprogramação do calendário e as aulas deverão ser repostas.
“A Lei de Diretrizes e Bases em seu artigo 24, inciso I preceitua que é obrigatório o cumprimento da carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar, para a educação básica nos níveis fundamental e médio. Porém, o calendário escolar não tem, necessariamente, que coincidir com o ano civil. Ou seja, as aulas perdidas em 2015 devem ser repostas até que se complete a carga horária, mesmo que isso ocorra no ano de 2016. A SEE irá acompanhar essa reposição de aulas”, diz a nota.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, questionou a veracidade da ação dos estudantes. Segundo ela, quem compareceu ao movimento teve a intenção de pedir ao governo que conceda o reajuste buscado pelos professores.
“Todos eles recebem dinheiro do governo, não eram estudantes, e sim cargos comissionados da juventude que são ligados ao gabinete do governador [Tião Viana]. Alguns estudantes que estiveram lá, que realmente apoiam a greve dos professores, não foram pedir o fim da greve, e sim que o governo atenda nossa causa, porque eles querem estudar”, afirma.
Pela parte da manhã a categoria esteve presente na Assembleia Legislativa (Aleac) para cobrar apoio por parte dos parlamentares. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, informou que na noite de terça-feira, 14, eles estiveram reunidos com deputados da base de oposição.
“Tomamos ciência que a Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Aleac aprovou por unanimidade a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Neste orçamento, era esperada pela categoria a contemplação da educação, porém, infelizmente, não aconteceu. Queremos que os recursos da educação sejam exclusivamente destinados à educação”, destacou. (Com informações do site G1/Acre)