O governador Tião Viana e o governador de Rondônia, Confúcio Moura, se reuniram nessa quarta-feira, 1º, no Aeroporto Internacional de Rio Branco/Plácido de Castro, para abordar entre outros assuntos a construção da ferrovia Transoceânica, que vai ligar o Atlântico ao Pacífico.
O projeto do Governo Federal visa construir uma ferrovia que começaria no litoral do Rio de Janeiro passando por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre (Cruzeiro do Sul), daqui seguiria para o Peru. A construção da ferrovia facilitará o transporte de produtos do Brasil até a China, através dos portos peruanos.
Segundo o governador Tião Viana, a reunião com Confúcio representa o encontro da defesa da infraestrutura fundamental para o futuro da região. Além disso, é uma oportunidade que os governos parceiros têm de tratar também sobre o intercâmbio de cooperação de piscicultura e o trabalho de calcário para dar suporte à produção rural do Estado. “Ele está à frente desse processo para que a ferrovia, que é uma meta da presidente Dilma Rousseff, em parceria com o governo chinês, possa se consolidar como algo rápido, concreto e que permita de fato uma mudança para todos nós, da Amazônia Ocidental”, explicou.
O governador Confúcio está promovendo reuniões diretas com Estados envolvidos a fim de mostrar contribuição e interesse pelo projeto. “Esse programa da ferrovia transoceânica interessa particularmente aos estados produtores, Mato Grosso do Centro-Oeste e do Norte. Se nós ficarmos parados, sem falar nada, sem participar ativamente, muitos desses projetos não acontecem”, destacou.
De acordo com o governador de Rondônia, o objetivo é levar à presidente Dilma ideias claras e práticas, para que os resultados sejam concretos. “Devemos pensar em todas as ações, por onde irá passar o traçado da ferrovia, os licenciamentos ambientais, a ação da mão de obra e os compromissos dos estados com a implantação desse projeto”, afirmou Confúcio.
Por fim, Confúcio esclareceu que o encontro com Tião Viana foi uma busca de entendimento, de consenso para a construção de um modelo prático, para que o investidor e parceiro internacional, a China, “se convença da nossa boa vontade de ter essa ferrovia interligando o Peru a todo o Brasil”.