* Acusações do Fundeb podem estar baseadas em falsas informações
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) registrou no Ministério Público Estadual um documento que denuncia o Estado por assédio moral a professores que aderiram à greve e possíveis desvios de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, explicou que o documento pede a verificação dos gastos feitos com a Educação do Estado. “Identificamos várias funções de gastos com a educação, que não consideramos que é função da Educação. Por exemplo, tem uma Secretaria de Educação e Relações Institucionais que gasta R$ 4 milhões”, comentou.
Ainda segundo a presidente, foi identificado pela classe que no repasse do dinheiro para o Fundeb existe R$ 146 milhões enviados para o Acreprevidência. “Queremos que eles expliquem isso ao Ministério Público”, disse.
A mesma denúncia pede ao MP que investigue possível assédio moral aos professores grevistas. De acordo com Rosana Nascimento, o professor Marcelo Rodrigues, que participa do movimento grevista, foi transferido de uma escola para outra sem motivos. Outro exemplo citado pela presidente foi de uma professora que exercia a função de coordenadora e foi retirada do cargo.
Equívocos – O problema de parte das denúncias feitas pela direção do Sinteac é que ela pode ter sido baseada em informações inverídicas, publicadas na página do Facebook do professor e advogado Edinei Muniz. O sindicato estaria acusando o governo de não aplicar na Educação os 20% de impostos estaduais no fundo, argumento que coincidentemente é bem parecido com o que Muniz teria utilizado.
Só que Edinei Muniz teria se enganado em suas contas e até teria feito correção em sua página no Facebook. Só que, supostamente pressionado por sindicalistas, o professor teria retirado as postagens que a reportagem teve acesso.
Sobre tal polêmica, o secretário de Estado de Educação, Marco Brandão, declarou que os dados estão à disposição dos órgãos de controle e da sociedade acreana. “Pedimos responsabilidade no trato das informações, para que não cheguem de forma equivocada à população”.